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Vila Nova de Famalicão
Sexta-feira, 19 Abril 2024
Natália Pinto
Licenciada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa (Lisboa) e mestre em acupuntura e medicina oriental pela Arizona School of Acupuncture and Oriental Medicine (EUA), a famalicense Natália Pinto, que na última década viveu nos Estados Unidos e na China, fez estágio hospitalar na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing (China) e contabiliza diversos certificados na área.

A acupuntura na prevenção de doenças e no controlo da inflamação

O primeiro objetivo é não deixar a doença aparecer.

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Natália Pinto
Licenciada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa (Lisboa) e mestre em acupuntura e medicina oriental pela Arizona School of Acupuncture and Oriental Medicine (EUA), a famalicense Natália Pinto, que na última década viveu nos Estados Unidos e na China, fez estágio hospitalar na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing (China) e contabiliza diversos certificados na área.

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“Sob o céu:
Quando reconhecemos o que faz o belo ser belo. Surge o feio!
Quando reconhecemos o que faz o bom ser bom. Surge o mal!
Por isto:
O ser e o não-ser surgem mutuamente
O fácil e o difícil complementam-se
O longo e o curto condizem
O alto e o baixo convivem entre si
O som e a voz unem-se
O antes e o depois seguem-se.”
Verso 2, Livro: Tao Te Ching, Lao Tzu.

Durante o tempo que passei a estagiar em Nanjing, na China, ouvi de vários médicos e professores histórias e mais histórias sobre a evolução da medicina chinesa ao longo dos séculos. De tudo que me foi transmitido houve uma história que ficou para sempre na minha memória.

Segundo vários profissionais com quem tive a oportunidade de trabalhar, antigamente, os especialistas de medicina chinesa só eram remunerados se o paciente ficasse saudável, algo praticamente impensável no mundo ocidental atual.

Periodicamente, as pessoas iam às consultas, recebiam os tratamentos e a função do médico era mantê-las saudáveis. Caso o paciente adoecesse, nada seria pago até ao restabelecimento da sua saúde.

Há quem diga que na atualidade isso ainda acontece nas aldeias mais remotas da China. Isso demonstra a importância que a Medicina Tradicional Chinesa dá à prevenção das doenças.

Dentro da Medicina Tradicional Chinesa, como escrevi no artigo anterior publicado no NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, já cobrimos as diferentes áreas à nossa disposição: acupuntura, massagem TuiNa, Fitoterapia (Plantas Medicinais), QiGong e dietética. E todas elas são utilizadas na prevenção.

Manter o equilíbrio entre o Yin e o Yang no corpo, com os órgãos em harmonia, é essencial para esse processo. Eu costumo dizer sempre aos meus pacientes, que o nosso primeiro objetivo é não deixar a doença aparecer.

O que, na minha opinião, é sempre preferível a tratar quando os sintomas já estão muito presentes. Por exemplo: alguém que sofra de dores de cabeça ou enxaquecas procura tomar algum tipo de analgésico quando o corpo começa a dar sinais ou quando já está com um nível de dor elevada e já não consegue realizar as tarefas do dia a dia. E se, ao invés disso, soubéssemos de uma maneira que impedisse a dor de se manifestar mantendo o nosso corpo saudável? Qual seria a melhor opção?

No início de 2021, a “Harvard Magazine” publicou uma entrevista com o doutor QiuFu Ma, professor de neurobiologia da Harvard Medical School (Universidade de Medicina de Harvard) e investigador do Dana-Farber Cancer Institute.

O Doutor Ma realizou aquela que eu considero uma das melhores pesquisas feita no âmbito da acupuntura. [ver aqui] O doutor Ma testou em ratos de laboratório a ação da acupuntura no processo inflamatório. Os ratos foram divididos em vários grupos, e foram infetados propositadamente com uma bactéria que causa elevados níveis de inflamação.

Para o tratamento deste caso foi utilizada acupuntura com electroestimulação, onde fazemos passar uma corrente elétrica entre uma agulha e outra. No primeiro grupo, os ratos não receberam qualquer tipo de tratamento e apenas 20% dos ratos infetados sobreviveram.

Num outro grupo, os ratos receberam tratamento de acupuntura antes de serem infetados pela bactéria. E a percentagem de sobreviventes subiu dos 20% para perto de 80%. E os ratos sobreviventes recuperaram de maneira mais saudável do que aqueles que sobreviveram sem qualquer tratamento.

Entre aqueles que receberam tratamento de acupuntura após serem infetados, a percentagem de sobreviventes passou de 20% para 60%.

Existem mais variantes nesse estudo que são de extrema importância, mas, no que diz respeito a prevenção, eu acho que estes números falam por si.

Em próximas crónicas, abordarei aqui outros aspetos que envolvem esta pesquisa, mas este foi, sem dúvida, um passo muito importante para aprendermos mais sobre a acupuntura. Como ela age e como o nosso corpo responde aos estímulos.

É importante, também, citar que o objetivo do estudo acima mencionado era a ação da acupuntura na inflamação e como conseguimos aumentar e diminuir o processo inflamatório no corpo sem a utilização de medicamentos anti-inflamatórios.

O que nos leva a uma melhor compreensão de como a age a acupuntura no tratamento da dor. Ora, a dor é o problema mais incómodo na vida das pessoas, sendo o motivo que leva mais gente a solicitar a minha ajuda no consultório onde trabalho.

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Natália Pinto
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