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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 25 Abril 2024
Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.

Corrida eleitoral: percurso dos candidatos e mitos

Presenciamos a reta final da corrida eleitoral. Os partidos dão as últimas cartadas na campanha até à reflexão na véspera das eleições. Cabe fazer uma análise do que tem acontecido, do que se pode perspetivar para o dia 30 e também abordar vários mitos e esclarecer eventuais.

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Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.

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Presenciamos, de momento, a reta final da corrida eleitoral. Os partidos dão as últimas cartadas na campanha até à reflexão na véspera das eleições. Cabe fazer uma análise do que tem acontecido e do que se pode perspetivar para o dia 30 e depois irei abordar vários mitos e esclarecer eventuais dúvidas quanto a eles.

O Partido Socialista encontrava-se, segundo as sondagens, muito distanciado do Partido Social-Democrata a 14 de janeiro. Para quem está atento, é uma data anterior ao início da campanha eleitoral, que se deu no passado dia 16.

O que se tem demonstrado é que, depois de 11 dias de campanha, as intenções de voto do PS têm caído como se de queda livre se tratasse, chegando cada vez mais perto do PSD. Várias são as possíveis razões deste fenómeno, mas o que é mais convincente e que se tem apontado cada vez mais é a conhecida fraca aptidão para fazer campanha de António Costa.

Primeiro porque ainda faz campanha rasca, como se fazia antigamente, vestindo o traje alentejano ou o traje dos caretos. Isso é campanha de treta. O que devia fazer era convencer os portugueses através da sua visão para Portugal, das medidas que pretende implementar e dos objetivos que quer atingir. Mas não, isso não interessa. O que este candidato pretende é fazer puxar os votos através da emoção, do uso destes trajes que são tradicionais daquela terra.

Para além disso, António Costa tem tomado decisões cada vez mais diferentes ao longo da descida das intenções de voto. No início, nem respondia à proposta de reunião que o Bloco de Esquerda marcou, contando ele com a sua maioria absoluta. Nos últimos dias, já quase que se oferece a todos os partidos de esquerda, vendo que, mesmo assim, poderá nem chegar para ter maioria.

A campanha do PSD tem sido marcada pelo constante afastamento de Rio do Chega, refutando qualquer eventual coligação, acreditando que isto fosse o caminho para conquistar os indecisos e moderados do PS. Poderá ser que seja, no entanto, o PSD não tem qualquer hipótese eleitoral de governar, muito menos sem o apoio de um partido de direita como o Chega que poderá alcançar 10% dos votos.

Rio, creio eu, está a colocar-se a jeito de ter de faltar à palavra, porque se ele tiver, juntamente com o Chega e com o IL (pressupondo que o CDS não elege nenhum deputado), votos suficientes para formar Governo, não o estou a ver recusar formá-lo e deixar o país entrar em crise política novamente.

Há em cima da mesa uma grande probabilidade de o PSD perder as eleições, mas ter deputados suficientes à sua direita para formar Governo e depor o regime socialista de Costa.

Não vou analisar os comportamentos dos outros partidos por várias razões: o BE, PCP e PAN, possíveis coligadores do PS, só têm perdido votos. O PAN aproxima-se do seu fim, o PCP caminha nesse sentido também, crendo muita gente de que o partido ainda elege por causa do líder Jerónimo de Sousa, e o BE tem neste momento uma votação residual de 4-5%.

O Chega, IL e o CDS, possíveis coligadores do PSD, têm demonstrado comportamentos diferentes. O Chega esvaziou o CDS, deixando-o com escassas possibilidades de eleger um único deputado e o IL, por sua vez, tem demonstrado imenso potencial para preencher o lugar do PAN e até de reforçar a antiga posição dele, talvez chegando aos 4-5%.

Por fim, quero esclarecer o eleitores de alguns mitos quanto às eleições.

Mito 1: Votar em branco ou votar nulo demonstra descontentamento.

Votar branco ou votar nulo são votos que são logo colocados de parte e que não interessam para a votação. Valem zero. Para além disso, já ninguém se choca com eles.

Mito 2: Votar no Partido X é um voto útil.

Não existem votos úteis. O voto útil é o voto no partido que você deseja ver representado no parlamento. Esqueça a bipolarização (PS e PSD) que as televisões tanto se esforçam por criar e vote no Partido que mereça a sua confiança.

Mito 3: As sondagens são honestas.

As sondagens são feitas por empresas privadas cujos donos têm partido. Temos uma ou outra empresa de sondagens que é séria, mas a grande maioria defendem um lado. Por isso que existem sondagens de certas empresas que são sempre força a partidos de Esquerda e outras que dão força a partidos de Direita. Não comento quais são, por ser deselegante, mas alerto o leitor mais curioso que basta procurar no Google. Estas sondagens tentam desmoralizar as pessoas de votar em certos partidos porque “não vale a pena, só tem x por cento de votos”. Reitero, vote no Partido que quer ver representado e esqueça as intenções de voto das eleições.

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