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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 25 Abril 2024
Dina Coelho
Residente na freguesia de Bairro, é filha de pais surdos e intérprete de língua gestual portuguesa (LGP). Exerce a profissão de intérprete de LGP desde 2015, em vários contextos, mas essencialmente no âmbito educativo. É coautora do livro Por Amor e mestre em gerontologia. Atualmente pertence aos órgãos sociais da Associação de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (ATILGP) e da Associação de Surdos de Apoio a Surdos de Matosinhos (ASASM).

Mobilidade dos Técnicos Superiores do Ministério da Educação, um direito para todos?

Não conseguem enxergar que a vida que temos não é vida. A muitos quilómetros de casa, exaustos, com descendentes e ascendentes que precisam dos nossos cuidados.

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Dina Coelho
Residente na freguesia de Bairro, é filha de pais surdos e intérprete de língua gestual portuguesa (LGP). Exerce a profissão de intérprete de LGP desde 2015, em vários contextos, mas essencialmente no âmbito educativo. É coautora do livro Por Amor e mestre em gerontologia. Atualmente pertence aos órgãos sociais da Associação de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (ATILGP) e da Associação de Surdos de Apoio a Surdos de Matosinhos (ASASM).

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Mais um ano letivo se inicia. Para mim, pelo 6º ano consecutivo, a 320km de casa.

No lugar onde eu devia estar, ficam as pessoas de quem eu preciso e que de mim precisam. Trago as saudades e o pensamento de sempre… Até quando valerá a pena este esforço? Até quando valerá a pena o tempo que se perde perto dos nossos? Até quando valerá a pena tudo isto para trabalharmos na profissão para a qual estudamos?

Em 2019, vários técnicos especializados da educação vincularam na função pública. Felizmente fui uma desses técnicos. A receber menos 170€, menos 13% do meu salário como contratada, com as mesmas despesas em alojamento e deslocações. Mas havia que tentar ver isto como algo positivo… Quem não sonha com uma carreira estável e onde consiga progredir? E onde supostamente através de mobilidade conseguiria aproximar-me da minha zona de residência?

Pelos vistos, na teoria pertencemos à função pública, contudo na prática parece que nada do que está na lei se aplica a nós. Serão afinal políticas de escravidão do Ministério da Educação?

Eu e muitos outros colegas vimos os nossos pedidos de mobilidade para escolas próximas da nossa zona de residência recusados pela Direção Geral da Administração Escolar (DGAE). Não têm qualquer consideração pelos motivos que apresentamos, não conseguem enxergar que a vida que temos não é vida. A muitos quilómetros de casa, exaustos, com descendentes e ascendentes que precisam dos nossos cuidados.

Para além disso, a DGAE não tem seguido a lei. Ora vejamos, um técnico superior pede mobilidade para outro agrupamento, carece de autorização da escola de origem e da DGAE. O pedido é indeferido. A lei enuncia que após 6 meses de um indeferimento, um segundo pedido não carece da autorização do órgão de origem. O que tem acontecido é que técnicos que aguardaram estes 6 meses viram novamente os seus pedidos de mobilidade indeferidos, alegando a DGAE que não se aplicam os artigos 92.º a 100.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP) aos técnicos superiores do Ministério da Educação.

Posto isto, felizmente há uns dias, começaram a surgir boas notícias. Alguns colegas foram notificados e viram as suas mobilidades aceites após uma reapreciação do pedido. Ainda com muitos outros a aguardar, mas será que finalmente, a partir de agora, vão respeitar a lei? Será que o direito à mobilidade agora sim, é para todos? Quero acreditar que sim, pois se nada for feito quem ficará a perder será a educação.

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Residente na freguesia de Bairro, é filha de pais surdos e intérprete de língua gestual portuguesa (LGP). Exerce a profissão de intérprete de LGP desde 2015, em vários contextos, mas essencialmente no âmbito educativo. É coautora do livro Por Amor e mestre em gerontologia. Atualmente pertence aos órgãos sociais da Associação de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (ATILGP) e da Associação de Surdos de Apoio a Surdos de Matosinhos (ASASM).
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