Encontramo-nos, finalmente, em tempos de desconfinamento total. A proporção de população portuguesa vacinada encontra-se muito perto dos 85%, fazendo de Portugal o país com maior taxa de vacinação ao nível mundial, graças ao Excelentíssimo Senhor Vice-Almirante Gouveia e Melo e a todos os engajados nos centros de vacinação para cumprir esta missão.
Ao fim de quase dois anos da realidade pandémica, chegou por fim o momento de recuperar a normalidade, processo que está a ser efetuado de forma gradual. No entanto, ainda há quem se sinta desconfortável com a situação e prefira recolher-se às medidas restritivas aplicadas até recentemente. Perfeitamente compreensível.
O problema começa quando crucificam os demais, que dentro do legal, estão a matar saudades da vida pré-pandemia: “Assusta-me a forma como as pessoas já se esqueceram do que aconteceu…”
Acho que ninguém se esqueceu, mas mais valia. Dizem que temos de esperar porque existe uma incerteza associada ao regresso à normalidade… E agora respondam-me com sinceridade, devíamos esperar até acontecer mais o quê? Até quando? Querem que a liberdade dependa do momento em que todas as certezas relativamente a este vírus estejam reunidas? Então é como se costuma dizer, “esperem sentados”. Dúvidas haverão sempre de surgir. É suposto o mundo permanecer em pausa… para sempre?
A verdade é que a partir de agora, existirá pelo menos mais uma causa de morte, a infeção pelo covid-19. Não é algo que possamos apagar ou reverter. Existe, ponto final. Assim como existem mortes causadas por outras doenças, por acidentes, por todo o tipo de doenças, e não é por isso que o mundo vai parar.
A partir do momento em que existem vacinas que se provam ser eficazes na prevenção dos sintomas mais graves e que estas já foram administradas à maior parte da população, agora só nos resta experimentar e ver o que poderá advir do experimento, porque só assim é que vamos saber. Porém, os moralistas gostam de estar sempre à espreita. Quem quiser é livre de ficar em casa, eu cá prefiro desfrutar da minha juventude enquanto posso. Hasta!
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