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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 25 Abril 2024
Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

Não são só os números que falam por si

Quando acham que a Taylor Swift não tem mais nada para nos mostrar, ela volta e prova que todos estão errados!

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Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

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Taylor Swift não é só uma cantora que escreve sobre relacionamentos, sobre dramas e amores de infância para meninas de 13 anos. Taylor Swift cresceu e como tal evoluiu, marcou bem a sua posição musical e social e traz consigo um conjunto de temas e aspetos que devemos ter em conta, não só quanto à indústria musical, mas (en)quanto (à) sociedade.

Após toda a polémica que houve em torno dos seus primeiros trabalhos discográficos, uma vez que a editora da qual fazia parte negou-se a conceber os seus direitos e ainda lhe devia dinheiro sobre aquilo que ela própria escreveu e criou, Taylor Swift decidiu assumir publicamente todos os detalhes dessa situação, bem como anunciar que ia recriar e lançar novamente todos os seus trabalhos feitos nessa editora. Decisão importante e que nos mostra o quanto a indústria editorial ainda acha que deve ter mais direitos do que o artista nas suas respetivas criações. Aqui, Taylor Swift mostra a importância de arriscar e de seguir aquilo que defendemos, lutando por aquilo que é nosso. Obviamente que demorou anos até ganhar confiança, destaque e marcar bem o seu nome na sociedade para conseguir o sucesso que sempre consegue atingir em todos os trabalhos em que participa, mas isso veio como fruto do seu trabalho árduo e da constante transformação e evolução que tem mostrado em cada um dos seus projetos.

Lançou-se num estilo bastante próprio, mais associado ao country-pop, depois bastante pop, até aos últimos anos em que se aliou a artistas que pertencem a um estilo um pouco diferente do que costuma estar habituada, o caso de Aaron Dessner, membro da banda The National. O resultado disto deu origem a dois álbuns sublimes: Folklore e Evermore. Onde a Taylor Swift quebrou todos os recordes possíveis e mostrou o seu potencial enquanto compositora e também na arte de storytelling. Além da variedade de sonoridades na qual nos apresenta nos dois álbuns, algo bastante diferenciado e peculiar dos seus discos anteriores.

Quando acham que a Taylor Swift não tem mais nada para nos mostrar, ela volta e prova que todos estão errados quanto a isso! É uma artista no verdadeiro sentido da palavra. Pois sempre nos presenteia com trabalhos diferenciados, com histórias e perspetivas que nos fazem querer entrar nesse mundo e desvendar todos os mistérios, além de que tem esse sentimento de pertencer a algo, de nos identificar com aquilo que nos conta.

Além do tema recorrente ser talvez o amor, Taylor Swift nos últimos tempos tem abordado outros temas nos seus trabalhos que é o caso do seu último álbum: Midnights. Onde traz uma diversidade de temas e, pode-se dizer, uma influência dos trabalhos anteriores (mas muito mais bem produzida e madura).

Falando do karma numa perspetiva positiva, falando da perda de pessoas como algo bom, falando de se apaixonar (e de estar num relacionamento) como algo saudável e que nos faz sentir bem de facto (em músicas como Snow on the beach ft. Lana del Rey e Lavander haze), e muito importante, na minha perspetiva, trazendo o tema da auto-estima (na música Anti-hero), dos preconceitos da sociedade em geral, da depressão e da ansiedade que veio junto com aquilo que os outros acham que podem dizer sobre ela ou ainda sobre coisas que continuam a dizer sobre as mulheres, tanto do seu corpo, da sua aparência, do modo como devem agir e do que devem fazer, bem como ainda acham que o propósito da mulher se resume essencialmente a casar e a ter filhos, o que chega a incomodar as constantes e irritantes perguntas que fazem acerca deste tema.

Não tem graça e chega a um ponto que se torna ridículo, pois acaba por em algum ponto nos afetar e acho que cada um deve ter a sua própria ideia e o seu próprio tempo quanto a isto, mas infelizmente a sociedade continua com esta pressão absurda, principalmente sobre as mulheres. Isto é algo que a Taylor Swift também traz ao ar no novo álbum, por exemplo, na música “Midnight rain”.

Com 16 anos de carreira, com inúmeros recordes e já para não falar nos números em si que só vem comprovar o sucesso constante da artista, é uma Mulher socialmente ativa, tanto em âmbitos políticos como também se tem mostrado uma defensora dos direitos das mulheres, mostrando quanto a indústria musical é “suja” quando se trata do sucesso de uma Mulher.

Querendo ou não, é um artista que tem um impacto estrondoso e “apreciando ou não as músicas desta jovem compositora, deve-se reconhecer e respeitar o repertório e a inteligência artística em utilizar os elementos visuais como principal direção do seu storytelling. As referências e os símbolos acionados nas letras, capas de álbum e nos videoclipes reservam um exercício encantador de semiótica, o que apenas eleva o nível e a complexidade de suas produções”.

Luta pela sua Arte, defende fortemente os seus ideias e mostra constantemente a sua capacidade de inovação artística, é criativa e impactante, teve (e tem) a brilhante capacidade de ultrapassar os dramas na qual a puseram e fizeram dela ridícula e ainda torna isso Arte quebrando ainda mais recordes. É a doce e sútil “vingança” que ela faz através da sua arte e que nos vem sempre mostrar o seu poder enquanto Mulher e Artista.

“Talvez, os principais motivos para ela ser a indústria não se limitem à aparência padronizada — que, decerto, colaborou para o espaço que ocupa no meio — ou ao sucesso em números expressivos. Os motivos podem ter maior ligação à valorização imensurável que dá à arte e àqueles que a consomem. À sua maneira, sem tratar sua profissão como uma linha de produção musical, tudo o que é realizado tem consideração e dedicação de diversas pessoas. Taylor é a indústria porque tem poder e tem poder porque tudo o que faz é em respeito à arte”.

Por fim e para terminar a minha crónica deste mês de novembro, deixo a citação da última música do álbum da Taylor Swift lançado no dia 21 de outubro e que se intitula como Midnights, que fala de 13 (e mais) aspetos que nos pode manter acordados durante as madrugadas.

O conselho deixado na última música (Dear reader) pela própria: “Querido leitor, queime todos os arquivos. Abandone todas as suas vidas passadas. E se você não se reconhece, isso significa que você fez tudo certo”

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Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.
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