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Sexta-feira, 24 Março 2023
Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.

O que esperar de 2023?

É raro ver um produto de consumo geral e básico que não tenha subido pelos menos 50% e desafio o leitor a identificar um.

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Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.

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Este ano que deu início há quase dois meses será decisivo perante os próximos anos, talvez chegarão a afetar negativamente até ao final desta década. Há um conjunto de matérias que até agora se comportaram de uma maneira e, agora, estão a começar a desviar do padrão. Eis o quadro que perspetivo:

Inflação

Este ano voltaremos a ver números por volta dos 7-8% de inflação. A ser honesto, esses são os valores que o INE nos dá a conhecer. No entanto, os artigos que o cidadão comum mais consome diariamente subiram de preço na ordem dos 60 a 100%. A título de exemplo, óleos, azeites, massas, arroz, legumes e fruta, para nem referir as carnes. É raro ver um produto de consumo geral e básico que não tenha subido pelos menos 50% e desafio o leitor a identificar um. Consequências da inflação: a principal e mais direta é que o consumidor deixa de ter o mesmo poder de compra que tinha anteriormente, se o ordenado não subir proporcionalmente a essa inflação. Esta perda faz com que o dinheiro valha menos do que valia anteriormente. A segunda é que faz os bancos centrais dispararem os juros, a fim de controlar a dita inflação.

Juros

Os juros são o segundo pilar da economia. Quando há uma inflação galopante, a fim de travar a escalada de preços, os bancos centrais elevam os juros. Quais os efeitos? Vários. Desde logo que os clientes serão incentivados a manter os depósitos ou fazer aplicações financeiras, pois os juros são mais altos. Mas, também, porque os juros desincentivam ao consumo, que muitas das vezes é feito através do recurso ao crédito. Pagando 5 a 6% de juro em comparação a um juro anterior de 1%, faz um crédito de 500 euros escalar para 1000 euros.

Habitação

A habitação é o setor que mais será afetado. Isto porque a esmagadora maioria dos proprietários só o são porque recorreram ao crédito. Já se está a sentir a mudança dos ventos. Nos últimos meses, os preços das casa têm diminuído e os agentes imobiliários começam a contar pelos dedos a quantidade de escrituras que levam a cabo ao longo do mês. Prevê-se uma queda abrupta no preço de mercado, principalmente, nas habitações mais modestas. As habitações de luxo deverão reter melhor o preço. Diferente de habitação, mas que seguirá os mesmo passos (ou talvez na mesma direção, mas a passos ainda mais largos) são os terrenos. Com um forte desincentivo ao crédito, será difícil verificar compra de terrenos para fins de construção. Tanto o investimento de empresas como o investimento a título pessoal em construção de habitações irá praticamente estagnar. O risco torna-se muito grande porque as grandes empresas fazem créditos para comprar terrenos e fazer loteamentos e, com a situação atual de mercado, é bem possível que fiquem sem compradores durante imenso tempo.

Consumo

Por fim, o consumo, em geral, irá reduzir imenso. A perda do poder de compra irá levar à recessão económica. Os inflacionados preços dos produtos no supermercado, nos restaurantes e da própria eletricidade, fará os portugueses segurarem e contabilizarem melhor os seus gastos.

Governo

Deixando de lado a economia, mergulho na política. O que se pode esperar é o seguinte. Medina será, com toda a certeza, constituído arguido e tal notícia será como uma bomba atómica no palácio de Belém. Marcelo disse. A queda do ministro das Finanças será a queda do governo. Eu considero que, até junho, este governo já não estará em funções, seja por demissão do governo ou dissolução do parlamento. Portugal está um pântano e o Partido Socialista, de acordo com as últimas eleições, não consegue vislumbrar escapatória possível. O resultado é só um: próximas eleições não terão mais a maioria absoluta e nem sequer a relativa.

Parlamento

Sairá reforçado ainda este ano, por eleições antecipadas, o Chega, o PSD e o IL. Todos os restantes partidos, em princípio, deverão cair. O PSD formará governo e terá de entregar algumas pastas a ministros do Chega. O IL poderá nem ser chamado para o governo porque os mandatos do PSD e do Chega poderão atingir a maioria absoluta.

Conclusão, a nível político e económico está tudo prestes a mudar. Acabou-se o crescimento económico, os juros baixos, os governos de casos e casinhos, os parlamentos de maiorias absolutas. Estará tudo prestes a mudar. Para melhor ou pior, só o futuro nos dirá. Mas antes a mudança do que esta estagnação socialista que nos emprobrece todos os dias.

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Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.