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Vila Nova de Famalicão
Terça-feira, 23 Abril 2024

O preço da covid-19 e o valor do Natal

O grande desafio deste Natal é vivê-lo como sempre de uma forma como nunca. Que a consciência e ação preventiva não se aplique pelo medo e pela incerteza, mas sim pela esperança e pela ambição de voltarmos a abraçar, beijar, tocar, rir, chorar e partilhar sentimentos entre todos. Não há dinheiro que pague o preço que a covid-19 nos está a custar. A saúde e a vida não têm preço.

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Este coronavirus representa uma ameaça sem precedentes, um inimigo comum, um dos maiores inimigos de sempre da Humanidade. Num mundo global somos todos iguais perante o risco de contrair a covid-19, mas não somos todos iguais no acesso aos recursos e à capacidade de resiliência para mitigar o risco que nos é comum a todos.

Paralelamente ao avanço do conhecimento no domínio da medicina fomos assistindo à definição do modelo de sociedade saudável e os governos, através de campanhas de marketing social procuram a promoção da saúde pública para o Estado.
Não, não somos todos iguais! Saberemos certamente reconhecer a enorme discrepância entre os recursos de que dispõem os países desenvolvidos face aos países subdesenvolvidos.

Da mesma forma, que saberemos seguramente reconhecer que existem diferentes capacidades de gestão política, diferentes abordagens para enfrentar os problemas, diferentes visões e capacidade de iniciativa. Dentro do próprio país e apesar de todos estarmos sobre as mesmas regras impostas pelo estado de emergência, verificam-se diferentes procedimentos para agilizar, promover e concretizar a estratégia de implementação de medidas de combate à covid-19 e de apoio às pessoas, às empresas e ao emprego.

Como em tudo, de um lado temos os municípios que lideram, que assumem o risco e se posicionam na linha da frente e do outro temos aqueles que estão à espera para ver comprovadas as políticas implementadas para posteriormente as poder seguir. É um processo normal sempre que temos um problema global.

Estamos a viver o Natal. Este é por tradição um momento de reflexão e harmonia, um momento em que tendemos a olhar com mais atenção para o próximo. Saibam os nossos representantes políticos olhar e ser gratos a quem os elegeu e a quem neles confiou a gestão da nossa vida comum. Mas tenhamos também nós, a sapiência de reconhecer o esforço, o empenho e o espírito de sacrifício que estes fazem para nos proporcionarem as melhores condições possíveis para ultrapassarmos este flagelo que nos assola.

O orgulho que temos em ser famalicenses sente-se em cada esquina por variadíssimos motivos, e também, neste momento de extrema dificuldade que vivemos, podemos elevar o nosso sentimento bem alto, por sabermos que estamos do lado dos que lideram pelo exemplo e por verificarmos que as políticas de apoio adotadas em Famalicão, não só, são importantes para os famalicenses, como merecem o reconhecimento do país. Até mesmo, a Organização das Nações Unidas (ONU) que entre locais como Barcelona, Londres, Nova Iorque, México, Toronto, entre outras, aquando da avaliação das “políticas e soluções inovadoras para a proteção equitativa e recuperação da Covid 19 em configurações urbanas” enalteceu Vila Nova de Famalicão como primeiro exemplo de boas práticas, sobretudo pelo apoio prestado ao pagamento das rendas.

Neste Natal atípico, saibamos fazer uma reflexão à nossa vida pessoal e profissional sem esquecermos de analisar o que nos rodeia. Porque não mesmo, sermos “solidários” com todos os portugueses que não sentem segurança e confiança nos seus autarcas, que neste período assumem um papel fundamental na gestão dos processos de prevenção, mitigação e combate à pandemia.

Quantas pessoas, não gostariam de ver implementadas nos seus Município medidas como: a implementação de um “hospital de campanha” com 200 camas, o fornecimento de material de proteção individual a todos os profissionais que estão na linha da frente do combate à pandemia, a implementação de um centro de diagnóstico móvel para fazer testes à Covid 19, a suspensão dos contratos de água e saneamento para o comércio, serviços e indústria que suspenderam a sua atividade no âmbito da pandemia, bem como a isenção das tarifas fixas de água, saneamento e resíduos a todas as instituições sociais. A redução em 50% das rendas dos espaços do município para os estabelecimentos comerciais que se mantiverem abertos ao público durante a pandemia, a criação de um Fundo de Emergência e Solidariedade com o apoio de 4 milhões de euros para novos negócios e/ou pequenas empresas em recuperação no sector do comércio de proximidade, turismo e restauração. A criação de um voucher de incentivo ao consumo no comércio e restauração local com descontos de 10%, a disponibilização de um serviço de estafetas gratuito para as entregas das refeições ao domicílio, para ajudar os restaurantes locais, bem como a construção de um edifício de apoio ao serviço de urgência do Hospital de Famalicão.

Estamos a viver o Natal. Para o bem coletivo pedem-nos que reinventemos a celebração do Natal, exige-se autoconsciência no cumprimento das regras de prevenção, temos todos que ser criativos no convívio familiar para evitarmos a contaminação dos nossos entes queridos.

Diria mesmo que o grande desafio deste Natal é vivê-lo como sempre de uma forma como nunca.

Que a consciência e ação preventiva não se aplique pelo medo e pela incerteza, mas sim pela esperança e pela ambição de voltarmos a abraçar, beijar, tocar, rir, chorar e partilhar sentimentos entre todos.

Não há dinheiro que pague o preço que a covid-19 nos está a custar. A saúde e a vida não têm preço.

Todos temos uma obrigação acrescida, a missão de ser solidários com os mais frágeis, com os mais vulneráveis, mais descrentes e sobretudo com os mais desesperados.

A precisamente quinze dias do Natal de 2020 e passados dez meses desde os primeiros casos identificados em Portugal, o preço da covid-19 no nosso país cifra-se em: 344.700 casos de infeção e 5.431 mortes. E no mundo cifra-se em: 67.667.936 casos de infeção e 1.546.010 mortes.

O preço é demasiado alto, mas o valor do Natal é muito maior. E enquanto assim for, não haverá nada que nos tire a capacidade de sonhar, não haverá nada que apague a esperança e a luz que renasce todos os dias nos nossos corações.

Feliz Natal a todos e que o Pai Natal nos traga muita saúde.

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