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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 25 Abril 2024
Mariana Dewasmes
Tem 19 anos, é aluna de Gestão na Universidade do Minho e apaixonada por maquilhagem, música e pela ideia de que este mundo possa vir a ser melhor.

Sendo mulher

Nós é que acabamos por ser sempre as culpadas…

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Mariana Dewasmes
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Sendo mulher, com os meus 20 aninhos acabados de fazer, já sei demasiado bem o significado de assédio. E sei-o, porque dia sim, dia sim, eu e todas as mulheres que conheço estamos sujeitas a experienciá-lo.

Se há coisa que não entendo, é isto. O porquê de passar na rua, metida na minha vida, e haver praticamente sempre (não vá algum espertinho dizer que me devo achar por estar a dizer que acontece mesmo sempre) um carro que abrande e buzine ao passar, um desconhecido que me olhe de cima a baixo e porventura me mande um piropo ou faça algo pior, até… E por acréscimo, a impotência que sentimos por muitas vezes não podermos ripostar, porque estamos sozinhas e se o fizermos, podemos irritar a besta e correr perigo de vida.

Mas não, nós é que acabamos por ser sempre as culpadas. Façamos o que façamos, vamos ser sempre nós, que por alguma razão, provocámos a situação ou deixámos que a mesma acontecesse.

E depois, não podia faltar o facto da denúncia ou simples desabafo ter data de expiração. Primeiro, existe todo um trauma associado ao acontecimento, o qual a vítima deveria ter direito de processar primeiro. Segundo, isto funciona como se não soubessem perfeitamente que a denúncia funciona como uma segunda violência para a vítima. Porque funciona assim: primeiro, se contares aquilo que te aconteceu, vão-te exigir nomes, porque senão estás a inventar, e com certeza que só quererás atenção. Se eventualmente tiveres a coragem (porque é disso que tudo isto se trata, de um ato de coragem) de revelar o nome do agressor, vão-te perguntar que provas tens, porque se não apresentares provas, estás a atacar o bom nome da pessoa sem fundamentos, e por isso, deves estar a inventar e só queres atenção na mesma.

Assim resumindo, uma pessoa comete um crime contra ti, pondo em causa a tua liberdade como indivíduo, o que já é injusto por si só, e quando fazes alguma coisa a respeito da situação, sais prejudicada, vás por onde fores, pegues por onde lhe pegares.

Mas o mais engraçado é quando perguntam: “Porque não denunciaste quando aconteceu?”.

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