Eduardo Oliveira, candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, propõe uma aposta clara na criação de residências comunitárias e projetos de habitação colaborativa sénior como resposta ao envelhecimento da população e ao aumento da solidão.
“A construção de uma sociedade mais justa exige políticas públicas que promovam a dignidade, a inclusão e o apoio à população sénior. Valorizar os nossos idosos é garantir que envelhecem com qualidade e respeito”, afirma o candidato.
As residências comunitárias são pensadas para responder a necessidades sociais emergentes, promovendo o convívio intergeracional, o apoio familiar e até a criação de redes solidárias para emergências.
Entre as propostas está a integração de projetos de “cohousing” (habitação colaborativa) nos planos municipais de habitação, um modelo inovador em que os residentes vivem em casas privadas, mas partilham espaços comuns, fomentando a entreajuda e combatendo o isolamento.
“Queremos sensibilizar a população para as vantagens deste modelo através de campanhas informativas e eventos, criando também um gabinete técnico que ajude cidadãos a desenvolver projetos, com apoio em matérias como legislação, financiamento ou identificação de terrenos municipais”, explica Eduardo Oliveira.
Reconhecendo que o desconhecimento e os preconceitos ainda são entraves, o candidato defende que “é essencial desmistificar o conceito junto da população sénior, mostrando que podem manter autonomia sem depender exclusivamente da família”. Sublinha ainda a importância da gestão de conflitos e do envolvimento da Rede Social local.
Assim, o PS, entre as suas medidas programáticas resultantes da audição da sociedade civil, nomeadamente o ciclo de conferências PENSAR 2025, e em sede de planeamento urbano e regulamentação, admite a inclusão de projetos de “cohousing” nos planos municipais de habitação, prevendo áreas específicas para a construção deste tipo de habitação, bem como a criação de regulamentos urbanísticos que facilitem a mesma, definindo logo requisitos específicos para espaços comuns e áreas verdes.
Inspirado num modelo desenvolvido na Dinamarca nos anos 70, o “cohousing” promove estilos de vida mais ativos, sustentáveis e menos solitários, baseando-se em cinco pilares: planeamento coletivo, equilíbrio entre privacidade e comunidade, sustentabilidade, apoio mútuo e autogestão.
Apesar de especialmente direcionado para seniores independentes ou casais idosos, Eduardo Oliveira salienta que este modelo também pode beneficiar pessoas sem rede familiar próxima, fortalecendo o sentido de pertença.
Entre as vantagens destacadas estão o combate à solidão, a redução de custos pela partilha de recursos e a promoção de estilos de vida mais ecológicos, com práticas como hortas comunitárias, uso de painéis solares e reaproveitamento de água.
“Estamos a preparar o futuro. Queremos criar condições para que os famalicenses possam envelhecer com autonomia, dignidade e, sobretudo, em comunidade”, conclui o candidato.
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