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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 27 Abril 2024
Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Vade-retro nicotina!

O que parece estar a acontecer é um dualismo entre saúde e liberdade.

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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Famalicão

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1. São Bento do Mato, também denominada Azaruja é uma freguesia portuguesa do município de Évora, na região do Alentejo, com 66,55 km² de área e 991 habitantes. Foi dada a conhecer a partir de uma reportagem televisa na sequência da denominada nova lei do tabaco.

Localizada a cerca de 15km de distância do primeiro local legalmente habilitado a comercializar cigarros, os envelhecidos habitantes locais ver-se-iam em inusitadas atribulações para alimentarem um vício que presumivelmente os terá acompanhado quase toda a vida. Pobres coitados!

Margarida Tavares, a eminente infeciologista dos quadros do Hospital de S. João, que integrou a Task Force para a Covid-19 e é a atual secretária de Estado da Promoção da Saúde, deu a cara pela nova lei do tabaco, anunciada no início do mês.

Pretende o Estado aprovar uma proposta que como referiu Manuel Pizarro “dê passos firmes na promoção da saúde e na proteção das pessoas em relação à exposição ao fumo do tabaco”.
Elogie-se o intuito e a preocupação em combater de forma enérgica um dos fatores que mais contribui para o número de mortes em Portugal. Serão cerca de 12% os óbitos atribuídos a patologias relacionadas com o fumo.

Dados de 2022 da  Organização Mundial de Saúde revelam que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano e que desse número cerca de 1,2 milhões são resultado da exposição de não fumadores ao fumo passivo.

É, pois, imperioso que se desmotive, desincentive e concomitantemente se adotem medidas que contribuam para a diminuição destes números avassaladores para a saúde pública.

Há vários caminhos a trilhar. No entanto, estranha-se que perante tão nobre desígnio tenham encerrado entre 2019 e 2022, mais de 80 locais de consulta de cessação tabágica.

Fui durante anos um fumador compulsivo. Percebo bem as restrições que estão a ser colocadas aos fumadores. Não faço a apologia do tabaco, mas também não passei para o lado dos radicais antifumo. Continuo a simpatizar com o texto escrito por Vasco Pulido Valente, no já longínquo ano de 2007, onde dizia que “viver sem fumar é como escrever sem pontuação”. Outros houve que também se insurgiram conta o “politicamente correto” como Álvaro Siza Vieira ou Francisco José Viegas. Poderíamos ainda juntar Miguel Vieira ou Miguel Sousa Tavares. Por esse mundo fora muitos outros foram fumadores, Marlene Dietrich, Ava Gardner, Johan Cruiff, Michael Jordan e Winston Churchill.  Figuras maiores de diversas áreas espalharam glamour e virtuosismo e deixaram imagens icónicas associadas ao tabaco. Seria bom que os heróis ou ídolos não tivessem uma ligação tão intrínseca com este vício. A publicidade já se adaptou. Um passo significativo no desendeusar do binómio homem-cigarro.

O que parece estar a acontecer é um dualismo entre saúde e liberdade. Portugal tem procurado não punir comportamentos aditivos. Relembre-se, a propósito, que a primeira sala de consumo vigiado de drogas do país abriu em 2021.

Deve o estado procurar promover cidadãos exemplares, perfeitos e virtuosos?  Sim, por que não?! A qualquer custo? Parece-me que não. Atente-se nos problemas de saúde pública, mas não à custa da restrição da liberdade dos cidadãos.

Fumar é, ainda, um comportamento perfeitamente lícito. Não deve, como tal, ser desnormalizado. Coartar cidadãos fumadores da sua legitima opção mesmo que esta não afete a liberdade de terceiros é inconcebível: assim, como proibir que se fume ao ar livre, em praias ou em esplanadas abertas.

Irá o estado prosseguir nessa senda de exemplaridade e obrigar os portugueses a caminhar e a irem ao ginásio, a descansar o número de horas recomendadas, a adotarem uma dieta mediterrânea para se alimentarem de acordo com os preceitos de uma alimentação saudável, a incrementar hábitos abstémios, a fazer das feiras do Fumeiro eventos do passado, a regular, a bem da socialização e da saúde mental, o uso e abuso das redes sociais e da dependência dos ecrãs?!

Em suma, será isto o prelúdio de uma cruzada de higienização do estilo de vida?

O combate deve ser feito garantindo as liberdades e garantias de um estado de direito!

2. Foi há um ano.
E como em tudo, o crescimento vai-se fazendo.
Na perspetiva do ser humano, gatinha-se, dão-se trambolhões e finalmente anda-se.
Balbuciam-se uns sons, emitem-se as primeiras palavras e finalmente fala-se.
Sociabiliza-se, fazem-se amizades e tomam-se opções.
Acerta-se nas companhias ou … Rodeamo-nos de frontalidade ou…
Cresce-se, desenvolve-se e finalmente fazemo-nos à vida.
Aproveitamos as oportunidades e conjunturas ou….
Tem sido este o percurso de uma liderança que nasceu há um ano.
Vai dando passos, menos firmes, empolgantes e assertivos que outros passos, rumo ao futuro.
Balbucia ideias, algumas ainda avulsas e pontuais, mas ainda não fala como se espera de uma alternativa confiável, chega, por exemplo, de titubear perante o Chega!
Percorre o país, ouve a sociedade civil e mede a pulsação aos portugueses.
Tem muitos à sua volta, ao seu redor. Alguns credíveis e sinceros. Outros que aguardam e espreitam uma aberta.
A oportunidade e a conjuntura começam quase a ser únicas. Estará pronta para se fazer à vida?

3. 27 de maio de 2023 – Data história para o desporto famalicense.
O F.C. Famalicão consegue no mesmo dia, o feito inolvidável da conquista do campeonato nacional de juniores masculino e da Taça de Portugal em futebol feminino.
Uma palavra de apreço pelo trabalho desenvolvido para Jorge Silva e Miguel Ribeiro, responsáveis pelo Clube e pela SAD.
Parabéns, FAMA!

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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.
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