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Domingo, 19 Maio 2024
Sandra Pimenta
Residente em Ruivães, é uma defensora dos direitos humanos e ativista pelos animais e ambiente. Tornou-se vegetariana em 2005 e vegana em 2010. É porta-voz da comissão política concelhia de Famalicão do partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e membro da comissão política distrital e nacional.

Plantar a semente da interrogação

É nas escolas que o espírito crítico, necessário para um debate de ideias criativas, deve começar.

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Sandra Pimenta
Residente em Ruivães, é uma defensora dos direitos humanos e ativista pelos animais e ambiente. Tornou-se vegetariana em 2005 e vegana em 2010. É porta-voz da comissão política concelhia de Famalicão do partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e membro da comissão política distrital e nacional.

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A base de toda uma sociedade está, sem dúvida, na educação. Não fossem os meios digitais e diria que largos rios de tinta teriam sido gastos, em especial nos últimos dias, alertando para aquilo que já todos sabemos. Existe um défice de investimento na educação e este perdura há longos anos.

A classe docente atravessa desafios constantes, assente numa instabilidade profissional, em que a falta de professores tem sido largamente sinalizado e onde se prevê serem necessários mais de 30.000 docentes para colmatar, até 2030, as falhas existentes, e para dar resposta a situações de aposentação.

Mas os problemas na educação não se prendem exclusivamente nas falhas estruturais relacionadas com os professores, vai muito mais além. Todo o sistema educativo precisa de uma reforma de tal forma profunda que será de questionar se algum dia lá iremos chegar, atendendo à aversão à mudança que se assiste nos diferentes setores da nossa sociedade.

As escolas cada vez mais fechadas e cinzentas, reféns de métodos e processos impostos por um sistema ultrapassado, que corta as asas aos sonhos e às capacidades e competências quer dos profissionais quer dos estudantes.

Um sistema de avaliação baseado exclusivamente em exames, despindo os estudantes de qualquer outra capacidade ou competência pessoal que lhes permita demonstrar quem são e que estão comprometidos com o seu percurso educativo. Ao invés focam-se em rankings e metodologias que criam muros entre aprendiz e professor, formando-se em última análise máquinas e não seres individuais com as suas caraterísticas próprias.

Frequentemente, refiro que a Portugal mais que legislação, falta vontade de a aplicar e foi isso mesmo que um recente estudo da OCDE veio mostrar no caso da educação inclusiva. Somos um dos países com mais legislação nesta área e no entanto não a concretizamos. E este é outro problema que importa resolver. Não podemos continuar a saber e a ignorar. Não podemos continuar a lamentar as falhas e não agir. É exatamente nas escolas que o espírito crítico, necessário para um debate de ideias criativas, deve começar.

Se queremos que a sociedade avance é preciso questionar se esta saberá avançar e para onde deverá seguir, visto que desde cedo é-nos incutido um regime castrador que nos limita o pensamento e a interrogação. Uma sociedade estagnada é reflexo de um sistema educativo estagnado.

O acesso a todo um leque de informação tão vasta nunca esteve tão facilmente ao nosso alcance, mas cabe ao sistema educativo, muito mais do que mostrar esse caminho, concretizar a verdadeira trajetória do ensino e da educação, plantando a semente da interrogação, do espírito crítico e da sabedoria, demonstrando que existem vários caminhos para o mesmo fim, que todos devemos ter a mesma oportunidade, que todos podemos ser livres para criar sem medos, que todos temos um talento e uma vocação e é sobre estes que o ensino deverá assentar.

As lutas constantes são de longa duração, colocando professores e alunos num vaivém de descontentamento, afastando-os da verdadeira essência da questão, a educação. Com isto, penhoramos o futuro de toda uma sociedade e sem questionar nem solucionar nada, deixamos o tempo passar, como se a vida fosse um manual ultrapassado, pois afinal foi isso mesmo que nos ensinaram.

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Residente em Ruivães, é uma defensora dos direitos humanos e ativista pelos animais e ambiente. Tornou-se vegetariana em 2005 e vegana em 2010. É porta-voz da comissão política concelhia de Famalicão do partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e membro da comissão política distrital e nacional.
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