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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 4 Maio 2024
Luís Paulo Rodrigueshttp://www.luispaulorodrigues.com
Formado em Ciências da Comunicação e da Cultura, é consultor de comunicação e vive em Vila Nova de Famalicão. Como jornalista trabalhou em jornais locais e nacionais. É cofundador do "Notícias de Famalicão". Escreveu o livro “Comunicação – Riscos e Oportunidades”.

A prepotência e o vazio cúmplice

O que verdadeiramente me assusta é o silêncio cúmplice da oposição perante o ataque feroz de um autarca prepotente contra a liberdade de imprensa e o dever de informar os famalicenses.

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Luís Paulo Rodrigueshttp://www.luispaulorodrigues.com
Formado em Ciências da Comunicação e da Cultura, é consultor de comunicação e vive em Vila Nova de Famalicão. Como jornalista trabalhou em jornais locais e nacionais. É cofundador do "Notícias de Famalicão". Escreveu o livro “Comunicação – Riscos e Oportunidades”.

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Pela primeira vez na história do poder local democrático, um presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão retirou uma proposta da ordem de trabalhos da reunião do executivo, alegadamente por causa de uma notícia de jornal. Os vereadores da oposição aceitaram a decisão e não fizeram qualquer pergunta ao edil.

Um empresário comprou uns terrenos agrícolas e florestais onde pretende implantar um projeto imobiliário para empresas, mas como não pode construir porque isso iria infringir as regras ambientais, necessita da declaração de interesse público da câmara e da assembleia municipais para legitimar um negócio gerador de um lucro de milhões.

Num exercício de evidente interesse público, o jornal NOTÍCIAS DE FAMALICÃO contou a história em exclusivo, informando que o assunto estava agendado para a reunião pública do executivo municipal da manhã desta quinta-feira. [leia aqui a notícia]

Estranhamente, o presidente da Câmara decidiu anunciar a retirada da proposta. Sem dar explicações plausíveis para o adiamento da questão, e com a prepotência dos desavisados, Mário Passos também ameaçou o jornal NOTÍCIAS DE FAMALICÃO com uma queixa-crime em tribunal, para a qual pediu o apoio e a solidariedade de todos os vereadores da maioria PSD-CDS.

Perante estas duas situações – a retirada da proposta sem explicações e a ameaça de queixa-crime contra o jornal por este ter cumprido a sua função de informar aquilo que Mário Passos não queria que os famalicenses soubessem – os vereadores do Partido Socialista mantiveram-se mudos e quedos, sem uma palavra, dentro da sua ignorância, como se nada de importante e grave tivesse acontecido naquele momento.

E tinham muito que questionar, não só sobre a visão que Mário Passos tem do valor da informação e do jornalismo livre e independente numa democracia, mas, e sobretudo, perguntar sobre o que é que uma notícia de jornal tem a ver com a retirada de uma proposta da agenda de trabalhos.

Como fundador e mentor desta nova vida do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, um meio de informação nascido em 1910, com história na minha terra e no meu concelho, e como fundador, jornalista, editor e diretor de outros jornais famalicenses, como o “Cidade Hoje” e o “Opinião Pública”, não me assusta nada a ameaça de Mário Passos. Vindo de quem vem, o processo só iria valorizar o jornal. Portanto, ele que meta os processos que quiser.

O que verdadeiramente me assusta é o silêncio cúmplice dos quatro vereadores do Partido Socialista perante um ataque feroz de um autarca prepotente contra a liberdade de imprensa e o dever de informar os famalicenses, julgando que pode utilizar o dinheiro público para calar tudo e todos ou pagar notícias patrocinadas.

Verdadeiramente assustador é ter uns indivíduos que mandam na Câmara Municipal tratando do concelho onde vivem e trabalham 140 mil pessoas como se fosse a casa deles. Ora, a função de um presidente da Câmara Municipal é cuidar do interesse público de todos e não do interesse particular deste ou daquele.

Verdadeiramente assustador é ter uma oposição vivendo nas profundezas do seu vazio, sem nada a dizer perante aquilo que acontece na frente dos olhos de toda a gente.

Estamos, portanto, entregues à bicharada. Até um dia, obviamente.

 

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