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Sexta-feira, 29 Março 2024
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Como falar com as crianças sobre a guerra

Educar para o exercício de uma cidadania ativa é não esconder das crianças a realidade, ainda que esta possa ser muito dura.

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Susana Dias
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A palavra “guerra” tem sido usada mais recentemente, é o tema dominante em todos os canais de televisão e invade as nossas casas de manhã à noite. Se uma guerra é difícil de entender para os adultos, sê-lo-á ainda mais para as crianças.

Como explicar que afinal os maus da história existem de verdade e que não são nem as bruxas e os monstros, que são sim, pessoas iguais a elas ou como explicar de forma racional a estupidez humana a maldade e o ódio?! Acima de tudo não é necessário iludir as crianças o mais importante é que se sintam seguras ao pé dos pais.

A prioridade, é normalizar o que a criança sente, lembrando que aquilo que está a acontecer infelizmente já se passou noutros momentos da nossa História.

É necessário proteger das imagens dramáticas, mas não podemos proteger de uma realidade que está acontecer porque quanto mais iludimos que nada disto está acontecer não conseguimos depois proteger devidamente. Sem alarmismos, e com uma linguagem que a criança entenda, deve procurar-se uma explicação que tranquilize e transmita segurança com palavras simples.

Devemos salientar que a guerra acaba com a paz, geralmente conseguida através do diálogo. Devemos, ter cuidado e evitar de rotular as partes do conflito como “países bons” e “países maus”, o que apenas contribui para uma visão polarizada da sociedade. É essencial escutarmos a criança e responder-lhe de forma sensível, procurando apoiá-la naquilo que está a pensar e a sentir.

Mesmo que o conflito armado pareça distante, isso não impede que as crianças venham a sentir-se confusas, assustadas, ansiosas, preocupadas ou tristes. Em alguns casos, podem surgir alterações de comportamento, sono, apetite, concentração e medo de ficarem sozinhas, assegurando, assim, que os pais não vão embora. Daí que os adultos e educadores devam estar atentos aos sinais de alerta, como eventuais modificações nas rotinas da escola ou do dia a dia, e intervir a tempo.

Os pais e seus educadores devem protegê-las, mas simultaneamente é essencial encorajá-las a serem curiosos e experienciarem o mundo. É uma oportunidade de valorizarem formas pacíficas de resolver os problemas ou conflitos e que descubram o que podem fazer para ajudar a transformar o mundo num lugar melhor.

O ter contacto com o sofrimento humano pode servir para reforçar mais as suas defesas, para os tornar mais sensatos e humanos. Se queremos educar para o exercício de uma cidadania ativa, é importante não esconder das crianças a realidade, ainda que esta possa ser muito dura.

Aproveitemos a guerra para educar as crianças para a não violência, a ideia de que os conflitos podem ser resolvidos de forma pacifica e que, apenas dessa forma, poderemos todos transformar uma crise numa oportunidade de aprendizagem e crescimento.

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