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Quinta-feira, 28 Março 2024

Por um hospital amigo dos idosos

Uma parcela considerável dos idosos saem do hospital pior do que entraram. Infelizmente, a estrutura de muitos hospitais não está preparada para receber os idosos com idade média de 80 anos, com conforto e segurança.

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Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Famalicão

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As mudanças na saúde são cada vez mais rápidas e os serviços de saúde têm cada vez mais dificuldade em dar resposta aos problemas de saúde dos portugueses.

Responsáveis por grande parte da despesa em saúde, os idosos são a população que mais utiliza os serviços e as respetivas unidades hospitalares e serviços de urgência.

A população idosa tem estadias mais prolongadas nos hospitais e consomem mais recursos durante essas permanências nas instituições de saúde.

Portugal surge ao lado de países como o Japão, a Coreia do Sul, a Grécia, a Itália e a Espanha, em que mais de 40% da população terá mais de 60 anos em 2050.

Temos mais velhos do que novos, num país em que, nos últimos 50 anos, a taxa de mortalidade infantil se tornou numa das baixas da Europa.

É necessário reconhecer o valor social e económico dos mais velhos na comunidade e promover a melhoria da autonomia das pessoas idosas e/ou com dependência, bem como desenvolver melhor acesso aos serviços de saúde.

Esse reconhecimento passa pelo apoio às famílias que prestam cuidados a pessoas idosas com dependência e à formação de prestadores de cuidados, de profissionais, familiares, assim como, pelo melhoramento de medidas preventivas do isolamento e da exclusão.

Um hospital amigo do idoso prevê a preparação do ambiente envolvente, dos funcionários, a gestão e processos assistenciais que protejam e promovam a longevidade. Face ao envelhecimento crescente da população é necessário implementar unidades de internamento em Geriatria. 

Uma parcela considerável dos idosos saem do hospital pior do que entraram. É comum haver perda da mobilidade e da cognição. Ás vezes, voltam para casa sem conseguir andar como antes e mais confusos. São doentes mais complexos, têm múltiplas doenças e, muitas vezes, problemas sociais.

Infelizmente, a estrutura de muitos hospitais não está preparada para receber os idosos com idade média de 80 anos, com conforto e segurança. Tudo isso faz com que a grande maioria das unidades hospitalares no nosso país seja hostil aos mais velhos, quer a nível da construção do hospital, quer a nível da intervenção assistencial.

Um hospital amigo do idoso prevê a preparação do ambiente envolvente, dos funcionários, a gestão e processos assistenciais que protejam e promovam a longevidade.

Face ao envelhecimento crescente da população é necessário implementar unidades de internamento em Geriatria. Tal como as crianças, os idosos também precisam de ter assistência médica própria. Porque as suas doenças são de um determinado tipo e prevalência e devem ser tratadas consoante o seu sistema biológico.

É preciso replicar a consulta de geriatria por todos os hospitais, para haver uma resposta mais adequada, onde os doentes geriátricos tenham uma maior assistência, como acontece, por exemplo, há mais de 30 anos em Espanha e nos Estados Unidos da América.

É extremamente necessário que essa forma de cuidar bem dos mais velhos, durante sua trajetória hospitalar, se torne uma prioridade na nossa sociedade.

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Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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