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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 9 Maio 2024
Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

A guerra, a cidadania e os que não se importam com nada!

As relações entre países devem fazer-se com regras éticas e morais, e não numa perspetiva mercantilista.

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Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

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Estando nós a viver uma guerra na Europa, que alguns já identificam como sendo o início da terceira Guerra Mundial, criando natural preocupação na maioria dos povos, sobretudo europeus. É triste verificar o alheamento de muitos, e pior, o apoio de uns quantos, ao poder determinado pela força. Há gente que acha normal o mais forte dominar o mais fraco, um pouco como na pré-história, como se vivêssemos numa autêntica selva.

Numa sociedade civilizada e educada, o uso da força e da violência tem de ser erradicado e condenado por todos, não pode ser apenas por uma maioria. Tal como a Liberdade e a Democracia têm de fazer parte dos valores de todos os cidadãos e não apenas de uma maioria.

As ditaduras, sejam elas de que ideologia forem, têm de ser condenadas. Essa deve ser a linha vermelha do mundo civilizado, tal como o uso da força e da violência sobre os demais (por mim, a modalidade do boxe deixava imediatamente de ser considerada desporto. Os mesmos movimentos de braços e pernas, se usados noutras modalidades, dão direito a expulsão da atividade, por vários meses).

O relacionamento do mundo civilizado com ditaduras deve ser repensado, já que mais cedo ou mais tarde, vai virar-se contra aqueles que defendem a liberdade, a democracia e a segurança de cada um de nós. As relações entre Estados devem fazer-se com regras éticas e morais, e não numa perspetiva mercantilista. Isto é, não interessa se os parceiros comerciais respeitam os direitos humanos no mais essencial que é a liberdade – liberdade de expressão, de circulação, de participação política e social. No fundo, o que costumamos designar como viver num estado de direito.

Aqui chegados, perguntarão o que tem a ver a guerra e a cidadania? Eu respondo: tem tudo a ver. A cidadania inclui um conjunto de reflexões e comportamentos que vão influenciar a forma como a sociedade se organiza e age perante os desafios que lhes são colocados. Por exemplo, a utilização da força e da violência são inadmissíveis para alguém que tem uma educação para a cidadania. O não respeito dos direitos humanos, sendo a liberdade a pedra basilar dos mesmos, é também para um cidadão educado e civilizado, qualquer coisa intolerável.

Ao nível dos países ocidentais, considerados de primeiro mundo, deve haver uma inflexão das políticas seguidas nas últimas décadas, cujo objetivo principal foi o crescimento do PIB, tendo como resultado esperado o fortalecimento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que foi alcançado pela esmagadora maioria dos países ricos. É inegável que o bem-estar social nunca foi tão elevado nos países ocidentais.

Contudo, com esta ambição, com forte aprovação eleitoral (as pessoas querem, legitimamente, viver cada vez melhor), os ocidentais esqueceram-se de preparar o futuro das próximas gerações, degradando aceleradamente o ambiente, endividaram excessivamente os seus países, não se preocuparam com a sua defesa (exceto os EUA, RU e França), globalizaram a produção e os negócios, esquecendo as consequências da sua dependência.

Pior, venderam os seus valores da exigência do respeito da liberdade e do estado de direito, em troca de bons negócios, sendo, por isso, cúmplices das várias atrocidades ao nível dos direitos humanos cometidas pelos vários ditadores do mundo. Estamos a lembrar-nos da Rússia, mas podemos acrescentar outras ditaduras com as quais o ocidente tem fortes relações económicas, como, por exemplo, China, Angola, Arábia Saudita, Irão, Venezuela, etc.

Apresentadas algumas reflexões sobre desafios que a sociedade enfrenta atualmente, concluo com a necessidade de sermos cidadãos ativos e vigilantes. Só assim poderemos encontrar as melhores soluções para a construção de uma sociedade que nos dê esperança num mundo melhor, sem a insegurança global que a guerra atual nos veio trazer.

PS: Tendo completado na passada quinta-feira, 58 anos de idade, a verdade é que acabei por festejar sobretudo 40 anos de ativismo político e social. Desde os 18 anos que participo ativamente na vida social do país, ora como dirigente de associações de estudantes, ora como membro fundador de várias associações profissionais e científicas, ora como vogal da Ordem dos Farmacêuticos-Norte, ora como delegado de círculo da Associação Nacional das Farmácias, ora como membro de mesas eleitorais, ora como eleito da assembleia de freguesia e municipal, ora como membro de comissões políticas e conselhos nacionais de partidos políticos, ora como membro da mesa das associações de pais, ora como membro e sócio honorário de várias associações culturais e desportivas, ora como candidato a vereador da Câmara Municipal e mandatário de candidatura autárquica, ora como cronista de vários jornais locais e nacionais, tudo isto, e muitas outras coisas que já não nem me lembro,… Ah, e votei em todas as eleições nacionais e locais, às vezes em branco.

Não pretendendo fazer aqui qualquer exercício de autoelogio (até porque considero que não fiz nada de especial, apenas cumpri o meu dever), devo confessar que quando estava a festejar o quinquagésimo oitavo aniversário, me veio à ideia que estava sobretudo a comemorar 40 anos de ativismo político e social.

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