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Terça-feira, 19 Março 2024
Rui Costa
Rui Miguel Costa é formado em Engenharia e Gestão Industrial pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto. Gestor em áreas de desenvolvimento, é apaixonado por música, engenharia, economia, inovação e empreendedorismo.

Avançar no mundo da inovação… sem desperdícios

No ano passado em Portugal foram utilizadas mais de 720 milhões de garrafas de plástico – nem 50% são passíveis de reciclagem. A matemática é simples, o resultado não é risonho e mais triste seria se extrapolasse estas contas para o mundo todo.

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Rui Costa
Rui Miguel Costa é formado em Engenharia e Gestão Industrial pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto. Gestor em áreas de desenvolvimento, é apaixonado por música, engenharia, economia, inovação e empreendedorismo.

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É discutível se peca por tardio, se por obrigação de um mundo com recursos cada vez mais esgotados, se pela perseverança dos ambientalistas, se por auto consciencialização por partes das empresas, no entanto a verdade é que está a acontecer! O mundo empresarial está a ajustar-se, ou pelo menos a reunir todos os esforços para responder às necessidades do mundo real.

Ainda hoje é correto afirmar que o mundo das embalagens é dominado pelo plástico e que no mundo das bebidas o vidro é dominante, mas por quanto mais tempo? O que está a ser feito para mudar isto? O que falta para seguirmos com uma produção sem desperdícios, onde tudo (ou quase tudo), é reciclável, fomentando assim a economia circular nesta área tão especifica?

O cenário acima é tão dominante que no ano transato, foi documentado que só em Portugal foram utilizadas mais de 720 milhões de garrafas de plástico. Isso mesmo, 720 milhões de garrafas, onde nem 50% são passíveis de reciclagem. A matemática é simples, o resultado não é risonho e mais triste seria se extrapolasse estas contas para o mundo todo.

Quando nos deparamos com tais dados, um dos exercícios mais complexos, é o de imaginar, nem que seja por um segundo, uma realidade sem resíduos! Uma realidade onde cada uma das embalagens utilizadas, é reciclada, e mesmo que se por algum acaso,  infortúnio, acidente ou até descuido, caísse na natureza, não traria nada de errado para o nosso planeta, e porquê? Porque estas, quase que por magia, se iriam degradar naturalmente. Isto sim, é um desafio, um  exercício complicado. Algo que parece longínquo, mas está cada vez mais perto.

Com tudo supramencionado, tudo que sabemos e com o que fica por saber, este artigo irá centrar-se sobre uma start-up dinamarquesa, totalmente disruptiva, com uma missão interessante, nas parcerias que tem feito e no desenvolvimento dos seus produtos. Falo da Paboco, The Paper Bottle Company.

Uma empresa com um enorme potencial, que conta com uma massa humana de extrema capacidade intelectual e, na minha opinião, uma visão além do tempo. A Paboco, uma joint venture, líder em inovação com um único propósito, ser pioneira na produção de garrafas de papel em grande escala com vista a um quotidiano mais sustentável.

Esta aventura inicia-se em 2019, com sede em Copenhaga, numa valiosa fusão entre uma empresa que desenvolve materiais para embalagem e uma especialistas em garrafas. O seu principal e primeiro produto foi de imediato uma garrafa que atualmente reduz em 65% a utilização de plástico.

Contudo, rapidamente se focaram num protótipo 100% reciclável, com base bio, fecho de papel e impressão com tintas à base de água. Produto esse, que poderá abrir inúmeras portas e soluções para os grandes produtores/distribuidores dos mais diferentes produtos que seguem em garrafas de plástico ou vidro, simplesmente porque os substitutos atuais pecam pela má funcionalidade ou falta pela agilidade nos processos.

Em parceria com a L’oréal, The Coca-Cola Company, The Absolut Company e o gigante grupo Carlsberg, a Paboco, iniciou um projeto que visa testar este protótipo. Esta parceria, segundo Stijn Franssen, R&D innovation manager da The Coca-Cola Company, tem um propósito maior, tem o objetivo de “(…) criar uma garrafa de papel que possa ser reciclada como qualquer outro tipo de papel. Este modelo é o primeiro passo para isso. Uma garrafa inteiramente feita de papel abre um mundo de possibilidades e estamos convencidos de que embalagens feitas com este material vão ter um papel importante no futuro”.

Este protótipo e o trabalho de investigação feito pela Paboco, define à partida um longo e tenebroso primeiro passo, para um ainda caminho longo a percorrer. Neste momento e segundo diz o próprio Stijn, esta inovação está a ser estudada e explorada de todas as formas possíveis, com o intuito de ter a melhor garrafa possível com os melhores métodos de produção, acrescendo valor ao produto final mas sem que seja necessário o consumidor assumir.

O primeiro grande teste, que já esteve marcado para 2020 mas será feito ainda este ano, por mais de 2 mil consumidores na Hungria, será determinante, enquanto validação, para primeira garrafa de papel de um produto da Coca-Cola. Segundo Daniela Zaharie, Technical Supply Chain and Innovation Diretor, “(…) O teste que anunciamos hoje é um grande marco na nossa procura pelo desenvolvimento de uma garrafa de papel. As pessoas esperam que a Coca-Cola desenvolva e traga ao mercado novos tipos de embalagens, inovadores e sustentáveis. É por isso que estamos a estabelecer parcerias com especialistas como a Paboco, experimentando e conduzindo este primeiro teste no mercado.”

Se voltarmos um pouco ao inicio e como começou este artigo, percebemos a grandeza do que está a ser discutido, onde falamos de metas bastante ambiciosas, que nos levam a crer ser possível um mundo sem desperdício.

Se o conceito estratégico de económica circular, que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais, for validado neste caso especifico, está aberto um mundo de possibilidades, onde damos fim ao conceito de “obsoleto”, inspirando até novos projetos e novos modelos económicos, através da coordenação de sistemas de produto e consumo com uma visão verde e sustentável.

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