A ideia de construir um parque de estacionamento subterrâneo no Parque de D. Maria II, no centro de Vila Nova de Famalicão, remonta ao tempo da gestão do socialista Agostinho Fernandes, na década de 1990. Depois, Armindo Costa assumiu a presidência do município em janeiro de 2002, eleito pela coligação PSD-CDS, manteve a ideia no papel, mas o projeto acabou por cair, depois de avanços e recuos.
Agora, com Paulo Cunha, o famigerado parque subterrâneo voltou a ficar de fora do projeto das obras de reabilitação urbana do centro – que estão a lançar o caos no centro da cidade, com intervenções simultâneas na Praça D. Maria II, no Mercado Municipal e no antigo campo da feira.
E a primeira reação política, curiosamente, veio de um dos novos partidos de direita. O núcleo de Vila Nova de Famalicão na Iniciativa Liberal critica a Câmara Municipal da coligação PSD-CDS pela inexistência de um parque de estacionamento subterrâneo no projeto de reabilitação urbana do centro da cidade.
“Um parque subterrâneo com maior capacidade de aparcamento, favorecia o comércio local, já que atrairia mais gente para o centro da cidade”, considera a Iniciativa Liberal.
As obras, que vão custar oito milhões de euros ao erário público, começaram esta semana na Praça de D. Maria II e no antigo campo da feira semanal, com o abate de dezenas de árvores, que tem motivado críticas de muitos famalicenses nas redes sociais.
As primeiras críticas políticas são da Iniciativa Liberal, organização política liderada por Carlos Jorge Figueiredo – que foi deputado municipal do PS na década de noventa. “Esqueceram a construção de um parque subterrâneo para o local onde continuará a existir estacionamento à superfície. É do conhecimento geral, que o estacionamento de viaturas no centro da cidade é um problema que poderia muito bem ser resolvido, com um parque subterrâneo, com maior capacidade de parqueamento”, afirmam os liberais famalicenses.
A Iniciativa Liberal considera que a Praça D. Maria II poderia ser transformada “num local fantástico para o lazer, deixando toda a superfície livre para as pessoas”, mas tal não irá acontecer, “porque continuará a existir um parque de estacionamento, tal como acontecia até aqui”, alertam os liberais.
Por isso, na opinião da Iniciativa Liberal, o projeto da maioria municipal de direita acaba por ser “uma oportunidade perdida” pela cidade de Famalicão, dado que se trata de “uma obra incompleta, realizada à pressa, para mostrar aos famalicenses, antes das eleições autárquicas do próximo ano”.
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