José Carvalho

As feridas e cicatrizes marcam o rosto do concelho.

Foi construída uma fábrica de produtos químicos junto a um conjunto de casas, a 500m de um Mosteiro classificado como Imóvel de Interesse Público e sem acessos adequados. Nessa terra não havia parques industriais?

Em Famalicão, o número de votantes nas legislativas superou em mais 10% o número de votantes nas últimas autárquicas. Estranho fenómeno este em que a eleição dos órgãos políticos que nos são mais próximos motivam menos o nosso voto do que as legislativas.

Apesar de tudo, ainda temos muitos recantos bonitos, que merecem ser conhecidos e preservados.

Ao fazer quase 190 anos, o concelho de Famalicão não tem uma mulher na Galeria de Presidentes. No executivo municipal, há 5 homens com 28 pelouros e 2 mulheres com 9 pelouros.

Não falar no assunto é deixar que outros decidam por nós, é compactuar com a falta de transparência, é impedir que os famalicenses decidam o que querem para a sua cidade.

A dispensa da mão de obra em prol robotização é uma questão de tempo. É urgente que quem nos governa se preocupe em maximizar as contrapartidas para o concelho.

Em 2021, o Município de Famalicão anunciou um investimento de 54 milhões de euros numa nova rede de transportes públicos rodoviários, a aplicar num intervalo de tempo de 8 anos. Ou seja, 7 milhões por ano, num valor aproximado de 50 euros por famalicense, independentemente da sua idade ou condição.

As alterações previstas para a área norte da cidade e as oportunidades que existem na decadência que passou a fazer parte do nosso cenário urbano.

E uma possível confusão entre um Sobreiro e uma Acácia (espécie exótica e invasora, originária da Austrália).