Um restaurante, um talho e uma farmácia. Estes foram alguns dos negócios que nos últimos meses fecharam as portas bem no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão, dois deles na Praça de Dona Maria II, que recebeu recentemente obras de reabilitação.
O conhecido snack-bar e restaurante Zé das Fontes e a Farmácia Cameira foram dois dos espaços que encerraram na Praça de D. Maria II, que foi alvo de obras de reabilitação, onde a Câmara Municipal de Famalicão investiu perto de 15 milhões de euros.
Porém, nem a reabilitação do Mercado Municipal nem as obras que levantaram as ruas para o mesmo nível dos passeios, causando problemas no trânsito e no estacionamento, foram intervenções capazes de tornar a cidade mais atrativa para os negócios.
Tanto mais que a reabilitação urbana promovida pela Câmara Municipal de Famalicão eliminou largas dezenas de lugares de estacionamento à superfície para automóveis, na Praça de Dona Maria, na Praça de Mouzinho de Albuquerque e em ruas adjacentes, não tendo sido criado estacionamento subterrâneo alternativo nas referidas praças.

O Restaurante Zé das Fontes, que abria todos os dias às 7h00 da manhã e que servia diárias ao almoço, não resistiu ao desaparecimento dos clientes, por causa das obras e do seu resultado, e o seu proprietário aproveitou para fechar a porta e reformar-se.
Localizado entre dois edifícios devolutos, junto ao Restaurante Tanoeiro, o snack-bar e restaurante Zé das Fontes fechou as portas e o imóvel está à venda. Ao lado, um outro imóvel devoluto há muitos anos, está tapado por publicidade municipal.

Outro estabelecimento histórico que fechou as portas, junto à antiga Igreja Matriz, foi o conhecido Talho Adriano. Segundo apurou o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, após uma inspeção da ASAE, o proprietário do talho ficou a saber que teria que realizar obras de modernização e, como se tratava de uma pessoa já idosa, optou por fechar a porta. O Talho Adriano era uma referência pela qualidade das suas carnes e pelo atendimento personalizado.

A Farmácia Cameira é mais uma marca muito conhecida dos famalicenses que desaparece. A farmácia, que estava aberta ao público há várias décadas no topo norte da Praça de D. Maria II, também fechou a sua atividade, tendo o negócio sido transferido para a Avenida do Brasil, onde abriu com a designação de Farmácia da Devesa, numa alusão ao parque da cidade, e com um novo conceito, que inclui vendas mecanizadas durante a noite e a possibilidade de os clientes serem atendidos no seu automóvel.
De qualquer modo, o encerramento de negócios no centro da cidade é um denominador comum, o que desafia os responsáveis autárquicos de Vila Nova de Famalicão à tomada de medidas para inverter a situação de desertificação de pessoas e negócios.
Nesse sentido a autarquia anunciou há dias a iniciativa ‘Vai à Vila – Mercados Urbanos’, propostas “que visam dar novos motivos para visitar o centro urbano de Famalicão”, informa a Câmara Municipal em comunicado. [ver aqui Câmara Municipal cria programação para motivar visitas ao centro de Famalicão ao fim de semana]
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