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Vila Nova de Famalicão
Segunda-feira, 29 Abril 2024
Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Há governo! Resta saber se para durar…

Umas notas sobre a primeira impressão.

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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Famalicão

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Sessão de jazz este sábado no CRU Espaço Cultural

Com cantor moçambicano radicado em Famalicão

Após a trapalhada que foi a eleição de Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República, Luís Montenegro apresentou a sua Excelência o “complicador-mor do Reino” o seu elenco governativo. Uma equipa alicerçada entre os seus mais fiéis apoiantes, salpicada com nomes interessantes da sociedade civil, mesmo que alguns militantes do PSD.

Umas notas sobre a primeira impressão: a personalidade com mais experiência na habitação fica com a Justiça; um dos experientes em administração interna fica na Educação; a boa surpresa da Agricultura e Pescas ficar entregue a um dos mais conhecedores das políticas europeias nesse setor; a engenheira alentejana, ministra no tempo de Durão Barroso, radicada em Bruxelas desde 2009 surge numa pasta em que tem todas as condições para dar cartas; a dupla eminentemente política, Pedro Duarte – Leitão Amaro, hábeis no diálogo e empáticos, terá pela frente a árdua tarefa de conseguir entendimentos e pontes entre os diversos intervenientes no complicado xadrez político; a Administração Interna entregue à “polícia dos polícias” fica com uma profunda conhecedora do setor.

Esta juíza jubilada que mostrou ser competente no desempenho das suas funções terá como tarefa imediata apaziguar as forças de segurança e lidar com a época dos fogos (cada vez mais complicada) caso transitem novamente para a alçada do seu ministério.

Nuno Melo, naquele que parece ser o ministério reservado ao CDS em governos de coligação, terá as reivindicações, dos militares, a necessidade do reforço do contingente, a velha/nova discussão sobre o Serviço Militar Obrigatório, que cumpriu, interligados com o reforço do orçamento da Defesa, fruto da integração na Nato. E não esqueçamos os conflitos latentes nesta esferinha do sistema solar!

Estranhamente ou não, a junção num único ministério da Educação, Ciência e Ensino Superior. A criação deste superministério parece também ser denominador comum nos governos da AD. Nada que preocupe, caso a equipa de secretários de estado esteja condizente, em número e qualificações, com a grandeza desta área fulcral para o desenvolvimento do país. O ministro, economista e professor universitário de referência, é um acérrimo defensor dos rankings. Advoga que a transparência e conhecimentos dos resultados e competências se traduzem num acréscimo de informação e benefícios para as famílias de rendimentos baixos.

Para além dos inúmeros e estafados problemas que se vivem na educação pré-superior, a Ciência continua a passar por problemas que merecem um outro olhar. Elvira Fortunato, eminente cientista e ex-ministra preocupou-se com o financiamento dos centros de investigação, como o aumento de doutorados no setor empresarial, e com os aumentos dos financiamentos para a Ciência, mas sobretudo, deixou aquilo que foi o denominado emprego científico. A FCT-Tenure que se traduziu pelo cofinanciamento de até 1000 investigadores doutorados, exclusivamente para posições permanentes. Não é ainda o ideal, mas é uma aproximação ao desejado emprego científico e que deve continuar a ser acarinhado e estimulado.

Inexistente desde 2004,o Ministério da Juventude cujo último titular foi Henrique Chaves (aquele que se demitiu do Governo acusando Santana Lopes de falta de “lealdade e de verdade”, precipitando a queda do mesmo), ressurge de forma mais ou menos inesperada. São inúmeros os problemas dos jovens, mas creio serem transversais à sociedade: habitações, emprego, salários, educação (…) e não será um ministério que os debelará.

TRÊS NÚMEROS PARA RETER

54 541, a diferença de votos entre os dois concorrentes mais votados. Foi este o número de eleitores que faz o líder da coligação primeiro-ministro e o secretário-geral socialista líder da oposição. A diferença é de um mero concelho da Figueira da Foz!

3193,5 milhões de euros, um valor equivalente a 1,2% do produto interno bruto (PIB) do país, é o valor do excedente deixado por Medina ao atual governo. Desde 74 é a primeira vez que o défice fica abaixo dos 100% do PIB. É, pois, o maior excedente orçamental da história da democracia portuguesa.

10.000.000,00 €, o valor base para a empreitada “ER206. Vila Nova de Famalicão (km 22+320) e entroncamento com ER310 (km 37+528). Reabilitação”. Com um prazo previsto de execução nos anos de 2025 e 2026. A partir dessa data, transitar entre Famalicão e Guimarães vai deixar de ser o suplicio atual, fruto das condições precárias verificadas ao dia de hoje e que configura situações de desconforto e insegurança para todos quantos a utilizam diariamente.

TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA!

Assinalo com regozijo o poder ter retomado uma tradição bem antiga, de Quinta-Feira Santa, na terra da minha família materna: rosquinhas e tremoços. Parabéns ao grupo etnográfico Rusga de Joane por ter feito ressurgir esta tradição do dealbar do século XX e pelo sucesso conseguido, que com certeza se traduzirá na sua continuidade nos próximos anos.

Boa Páscoa!

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Carlos Folhadela Simões
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Abril, um exercício de memória…

Honramos a memória do país ao comemorar estes 50 anos. O Povo saiu à rua e abril continua vivo. Continua a ser construído.

Partido Socialista celebrou os 50 anos de 25 de Abril com casa cheia

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Celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Famalicão

Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

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