Os últimos tempos têm sido uma roda-viva e nem sempre há tempo para escrever, mas há assuntos que não podem passar em claro, devendo o que é bem feito ser valorizado e quem não está à altura ser sancionado.
25 DE ABRIL NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Tive a oportunidade de representar o meu partido na cerimónia do 25 de Abril na Assembleia Municipal, naquela que foi a última vez em que nos limitamos a assistir à cerimónia.
Em primeiro lugar, é importante dizer que fazer estas cerimónias naquele espaço tão pequeno e limitado é frustrante e quem esteve no dia seguinte nas cadeiras da Fundação Cupertino Miranda sentiu bem a diferença…
Àqueles que ficaram a ver a sessão por um ecrã à porta do espaço da Assembleia presto a minha homenagem. Mas confesso que os invejei por alguns momentos, por não terem de olhar para o chão com a vergonha de ver e ouvir um presidente a apelar ao respeitinho, a caracterizar de maledicentes aqueles que usam a liberdade de expressão e informação.
Está mais que visto que o insucesso dos “processos” está a deixar marca e já só alguns “ocos” desta vila não simpatizam com quem como eu tanto refila…
Contudo, tirando mais um ou outro discurso a sessão foi produtiva e dignificou Famalicão, um bem-haja aos intervenientes, presidente e aos ex-presidentes da Assembleia Municipal, que foram merecidamente homenageados.
26 DE ABRIL NA CONFERÊNCIA “FAMALICÃO CIDADE ABERTA”
O dia 26 de abril ficou marcado por verdadeiro serviço público, prestado pela Casa da Memória, uma associação que tem presenteado os Famalicenses com iniciativas interessantes. Por exemplo, a exposição sobre o verão de 1975 em Famalicão, em exposição no Museu Bernardino Machado, é de visita obrigatória.
Na conferência “Famalicão Cidade Aberta” tivemos a oportunidade de refletir em que Famalicão queremos nos próximos anos, sendo de destacar os 40 minutos impactantes a ouvir o Jorge Moreira da Silva, falando de cidades, dos seus desafios atuais e futuros.
Estranhei bastante a ausência dos meus concorrentes à Câmara Municipal de Famalicão, mas também se for para ficarem tão irritados como um dos vereadores que lá esteve é mesmo melhor não aparecer…
28 DE ABRIL ÀS ESCURAS
Já depois de concluir o que escrevi acima a luz foi à vida e com ela começou o sobressalto.
Para já, ainda sabemos pouco sobre as causas das 10 horas que passamos sem eletricidade, mas sabemos que em poucas horas ficamos também sem água nas torneiras e nas prateleiras dos supermercados.
Se nas torneiras é necessário fazer um diagnóstico do que se passou e ver como tornar o sistema mais resiliente, nos supermercados é necessário aprender a combater a “tolaria” das multidões. O medo é um sentimento muito perigoso, confesso que vi algumas caras de pânico no supermercado e agitação nas estradas.
Temos todos de evoluir enquanto sociedade para conseguir enfrentar melhor estas “crises” e isso só se faz com educação.
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