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Sábado, 27 Abril 2024
Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Para onde vamos?

Da Europa a Portugal

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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Famalicão

Sessão de jazz este sábado no CRU Espaço Cultural

Com cantor moçambicano radicado em Famalicão

Celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Famalicão

Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

Polícia Judiciária outra vez na Câmara de Famalicão para investigar viagens pagas a autarcas

O ex-autarca Paulo Cunha é um dos visados num caso de suspeitas de corrupção que envolve viagens à sede da Microsoft nos EUA. Câmara de Famalicão confirma investigações.

Este final de ano configura-se atípico face aos acontecimentos ocorridos em diferentes latitudes.

A 7 de outubro aconteceu o ataque surpresa do Hamas contra Israel.

Mais um conflito a juntar ao ucraniano. Tem sido devastador para a população da faixa de Gaza. Uma vaga de mísseis contra o Sul de Israel deu cobertura a uma invasão sem precedentes do território israelita por combatentes armados do Hamas. Decorrido mais de um mês, parece começar a imperar algum bom senso e as tréguas dos últimos dias parecem indicar uma resolução mais célere deste conflito.

No dia 7 do mês seguinte, um último parágrafo de um comunicado proveniente da Procuradoria Geral da República, eclode com estrondo na opinião pública e fica para a história como o rastilho da demissão de um primeiro-ministro e do desbaratar de uma maioria absoluta.

Uma investigação sobre os negócios de lítio e hidrogénio despoletaram uma bombástica tomada de posição de António Costa: a demissão.

A 16 de novembro, Pedro Sánchez, reeleito presidente do Governo de Espanha, é investido pelo Congresso, suportado por 179 votos, que incluem o apoio dos independentistas catalães com quem os socialistas negociaram a amnistia. Estará, pois, Sáchez refém de Puigdemont, o líder separatista catalão que já fez a primeira ameaça, através do seu partido, o Juntos pela Catalunha (Junts), caso não veja efetivos progressos nas negociações para a independência da Catalunha.

A 19 de novembro, Javier Milei vence as eleições na Argentina. Intitula “anarcocapitalista”, é anunciado como “ultraliberal” e não esconde as ideias de extrema direita. O país das pampas está com uma inflação de 142% e a pobreza, condição na qual vivem 40% das famílias, é mais um dos flagelos que assolam o país. Privatizar parece ser a sua palavra de ordem neste início de mandato.

Tomará posse a 10 de dezembro e já convidou o ex-residente brasileiro Jair Bolsonaro. Lula, o presidente, a quem chamou corrupto e comunista não estará presente. As relações bilaterais entre os dois vizinhos constituirão um enorme desafio para os canais diplomáticos.

Esperemos que as últimas cenas vividas no Maracanã não sejam o espelho das tensas relações destes dois vizinhos sul-americanos!

A 22, a extrema-direita venceu as eleições nos Países Baixos, mas formar governo aparenta ser uma tarefa árdua.

O partido liderado por Geert Wilders não obteve um quarto dos deputados eleitos e todos os partidos descartaram, antes do ato eleitoral, a possibilidade de poderem integrar um governo liderado por Wilders.

Líder do Partido da Liberdade (PVV), ideologicamente de extrema-direita, é contra a imigração e questiona a continuidade do seu país na União Europeia. Fala-se já de um «Nexit», por analogia com o «Brexit», um referendo vinculativo onde os neerlandeses se deverão pronunciar sobre a saída da União Europeia.

Após as eleições realizadas em outubro onde três partidos da oposição, a Coligação Cívica de Donald Tusk, a Terceira Via e a Nova Esquerda, fizeram candidaturas separadas, mas com a mesma promessa de derrotar o Lei e Justiça (PiS).

No entanto, foi este o partido vencedor, liderado por Morawiecki que ainda esta semana apresentou o seu elenco governativo. Supostamente será sol de pouca dura, já que não reúne as condições de ser aprovado por não reunir a maioria dos votos no parlamento.

A aliança centrista da oposição, liderada por Donald Tusk, ex-primeiro ministro de 2007 a 2014 e ex-Presidente do Conselho Europeu de 2014 a 2019, deverá ser novamente o timoneiro da nação polaca. Pretende reverter a deriva autoritária do partido nacionalista que colocou a Polónia sob os holofotes da União Europeia.

Voltando à demissão de António Costa registe-se a dignidade da sua atitude. A mesma teve como consequência direta, a tomada de decisão do Presidente da República (PR) de dissolver a Assembleia e convocar eleições. Creio que teria sido preferível, em nome da estabilidade, um novo convite ao partido mais votado nas últimas eleições para apresentar uma solução governativa.

Exigia-se maior ponderação até porque o PR tinha outros instrumentos/soluções disponíveis. Afinal, quase um mês depois, AC ainda nem foi demitido. Aprovava-se o orçamento e procuravam-se soluções. E atentas as condições quer nacional, quer internacional, existia sempre a hipótese de um governo de iniciativa presidencial. As eleições de 10 de março poderão ser o início de um processo de instabilidade. As soluções governativas estáveis parecem escassear e não se vislumbram maiorias absolutas num horizonte próximo.

Será incompreensível a não existência de um entendimento pré-eleitoral entre os dois tradicionais partidos de direita. O PSD e o CDS devem aproveitar tudo quanto possa ser desperdiçado na aplicação do método de Hondt. Todos os votos vão contar e serão estes votos que passam a ter um efeito útil que poderão fazer toda a diferença. As análises para entendimentos pré-eleitorais, ao dia de hoje, ainda estão envoltas numa espessa névoa.
Pese a surpresa deste ato eleitoral, mais uma oportunidade desperdiçada para uma eventual revisão da lei eleitoral. Todos dizem querer, mas ninguém faz nada.

Antes de cessar funções, o Governo entendeu alterar a sua imagem institucional e o símbolo que o representa, nas plataformas e documentos oficiais. Suprimiu a esfera armilar o castelo e as quinas. Passou a ser um círculo amarelo entre dois retângulos, um verde e outro vermelho. Definem a nova imagem como inclusiva, plural e laica. A sério? Lamentável!

A propósito do caso das gémeas do Hospital de Santa Maria, vale a pena ler o artigo de Susana Peralta, “ O milagre de Santa Maria” no Público de 24 de novembro, para perceber os aparentes atropelos processuais. Todas as outras interrogações espera-se que possam ser esclarecidas no processo de investigação, entretanto instaurado.

Henry Kissinger o ex-secretário de Estado norte-americano e Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, com um papel incontornável, mas controverso na história mundial do século XX, deixou-nos, hoje, aos 100 anos. Prémio Nobel da Paz em 1973, esteve associado a momentos negros na história dos Estados Unidos, como o apoio ao golpe de Estado de Pinochet, no Chile, ou à invasão de Timor-Leste em 1975.

 

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