A Comissão Política do Partido Socialista (PS) de Vila Nova de Famalicão acusa o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, de não defender o ambiente ao contrário do que diz a “retórica das notícias elaboradas pela propaganda camarária”.
“Com frequência, a maioria de direita da Câmara Municipal de Famalicão vem a público para se apresentar como grande defensora do ambiente”, lembra a comissão política liderada por Eduardo Oliveira, em comunicado enviado às redações.
Dizem os socialistas que é “com lastimável regularidade” que o discurso municipal em defesa do ambiente “não se vê no terreno”. “Existe apenas na retórica das notícias elaboradas pela propaganda camarária”, indica a comissão política do PS famalicense.
Para justificar a sua opinião sobre o trabalho da maioria PSD-CDS no ambiente, o PS enumera cinco exemplos.
Exemplo número 1: “Na campanha eleitoral de 2013, o então candidato Paulo Cunha garantia saneamento em todo o concelho até 2015 – seis anos e dois mandatos com maioria absoluta depois, os famalicenses contam com pouco mais de 80% de cobertura.”
Exemplo número 2: “A rede ciclável urbana está finalmente a ser executada (em ano de eleições autárquicas) mas as notícias renderam promoção pública pelo menos em 2006, 2013 e 2020 – 15 anos para fazer uma via para bicicletas é demasiado tempo.”
Exemplos número 3: “Em 2016 eram prometidas 25.000 novas árvores, mas, por estes dias, assistimos ao abate sem critério de árvores de grande porte no centro da cidade.”
Exemplo número 4: “As hortas urbanas, fundamentais para a biodiversidade do Parque da Devesa e para a qualidade de vida de muitos famalicenses, vão mudar de local e continuarão em terreno provisório, não sendo, portanto, um assunto efetivamente resolvido por esta Câmara Municipal.”
Exemplo número 5: “Em 2020, a Câmara Municipal tinha dinheiro disponível do Governo para reabilitar o rio Este entre Arnoso, Nine e Louro. A Câmara não tinha despesa com este projeto, mas desaproveitou completamente o apoio estatal. Nada foi feito!”
O “ESFORÇO” DA AUTARQUIA
Além destes casos, o PS-Famalicão critica a narrativa da informação municipal, dando o exemplo de uma notícia recente sobre os 62,3 km da Rede Municipal de Trilhos da Natureza, onde uma comparticipação municipal de apenas €15.613,32 – num investimento total de €104.088,80 euros –, é descrita por Paulo Cunha como um “esforço” da autarquia.
No comunicado, os socialistas citam mesmo a argumentação do presidente da Câmara e concluem: “Tantas palavras para justificar um investimento municipal de 25 cêntimos por metro!”
A comissão política liderada por Eduardo Oliveira considera ainda que o concelho de Vila Nova de Famalicão necessita de “uma verdadeira política ambiental”, através de “uma política pensada, estruturada, relevante e executada todos os anos e não apenas de quatro em quatro anos”.
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