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Vila Nova de Famalicão
Sábado, 27 Julho 2024
Paulo Barros
Economista famalicense.

Até tu, Fernandus?

Ao menos não nos falhe nunca o PSD, que se dá mal com a urticária, mesmo quando autoinfligida. Se fosse pela oposição bem podíamos esperar sentados.

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Paulo Barros
Economista famalicense.

Famalicão

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Partido quer chegar à Assembleia Municipal de Famalicão "já em 2025".

Sabe Deus o quanto a política partidária local pode chegar a ser sensaborona. Mais ainda quando falamos da situação. Ora, a situação – termo caído bastante em desuso nestes novos tempos da politica delicodoce – é, por exemplo, um partido instalado nas sinecuras do poder há vastos anos e largos vícios. Soa familiar?

É da cartilha: tempos de abastança – e para quem, para quem? Lá está, para a situação! – reclamam como do mais elementar direito que leite e mel escorram a rodos para todos quantos amparam aquele andor. E são muitos, sempre.

Mas então que sentido faz zangarem-se as comadres no PSD-Famalicão? O sentido prático não é de certeza. E ainda bem que é assim. Tenho para mim que, tarde ou cedo, a vaidade do homem (da mulher, neste caso) sempre cumpre o seu papel. Desta vez até foi mais tarde do que cedo. Quer dizer, ou foi isso ou então deu-lhes uma espécie de sobressalto cívico. Já não sei que diga. Ainda assim inclino-me para a primeira, mas isto sou eu, que não os conheço bem.

Em qualquer caso, a dívida que temos para com o PSD-Famalicão é grande, e como não? Estávamos para aqui todos um tanto ou quanto adormecidos à sombra de uma grande bananeira, que era a modorra de ver despontar no concelho mais quatro anos de esplendor passista. Ao menos não nos falhe nunca o PSD, que se dá mal com a urticária, mesmo quando autoinfligida. Se fosse pela oposição bem poderíamos esperar sentados.

Quando, afinal, tudo o que era preciso era aparecer uma vereadora com pêlo na venta. E aqui vai disto: decidiu candidatar-se à presidência da concelhia do partido. Aqui já começa a ser engraçado: pois parece que se esqueceu de perguntar se podia. Devia?

Eis um tema deveras fraturante. A doutrina divide-se em duas correntes distintas. Há por certo o plano institucional, e quanto a isso dei-me ao trabalho de consultar um conhecido meu, doutorado em organigramas: o que ele me disse, “ipsis verbis”, é que uma vereadora é uma fiel subordinada do presidente da Câmara.

Tomamos nota.

Por outro lado, devemos também atender ao plano inorgânico, que merece igual ponderação. Afinal, o partido não é bem, bem, a Câmara, e quem diria? Pois, pelos vistos a vereadora tinha no anterior presidente da concelhia do partido o seu principal apoio. Donde se tira que, se calhar, a senhora perguntou mesmo se podia. Só não foi ao chefe Passos.

Continuamos a tomar nota.

Pois bem, aqui chegados: como é que sabemos que a senhora vereadora avançou à revelia do presidente da Câmara? Elementar, jovem loquaz: porque o senhor presidente, publicamente, lhe pediu para desistir. Isso mesmo, sem subterfúgios: desistir.

Consta que a senhora vereadora terá feito saber que não desistia coisa nenhuma. E posto isso, ei-lo, ao presidente, a entrar na liça. Só podia: deve ter-se convencido de que uma tal atitude de serigaita prenunciava maus agouros para o seu cadeirão de sonho. O que é muito injusto de se pensar, como mais à frente se verá (“spoiler alert”: não saltar para o penúltimo parágrafo).

Foi então pelo concelho um corre-corre, semanas a fio, com cada um dos lados a arregimentar hostes de fiéis. Não era para menos: aos militantes, que como se sabe é gente mobilizada pelo bem público, ofereciam-se à escolha duas mundivisões sumamente antagónicas. A hora era grave, e a boa notícia é que os militantes, claro está, corresponderam massivamente ao chamamento.

Bem sei que a comunicação social local, sempre tão solícita a cobrir os passeios a Fátima e as jornadas do interfreguesias, não terá desta vez prestado o serviço de elevado coturno a que nos habituou, e assim é que muitos concidadãos vivem na ignorância do que é que, mas afinal?, distingue o fundo pensamento político destes dois contendores. Mas não se alarmem. Eu próprio, após aturado cruzamento de fontes, concluí que três pontos fundamentais os separam, e se têm gosto por saber, eu não tenho menos por partilhar. São eles:

  1. … …
  2. … … …

É que podiam disfarçar, mas nem isso: como nenhum dos contendores disparou um argumento que fosse em consideração aos eleitores, devemos tomar como legítima a ideia de que apenas os lugares estavam em causa? E se vale para o plural, valerá para o singular: um único lugar estava em causa. E não era aquele para o qual os militantes tão diligentemente votaram.

Quanto ao resultado, bem: estava escrito nas estrelas, não é verdade? Senão, repare-se: na falta das ideias, cada um dos concorrentes tinha por si o respaldo de um “senador” da estrutura local do partido. Por um lado, corria a estrela ascendente da advocacia de negócios, com uma particularidade curiosa: só trata com empresas que tratem com a Câmara de Famalicão. Pelo outro, o jamais esquecido milagre da multiplicação de quotas. Estava escrito.

Mas pronto, não se perdeu tudo. Assim que se apanhou com a vitória, a primeira boa nova que à senhora vereadora ocorreu anunciar ao mundo é que conta com o concorrente derrotado para ser ele o candidato do partido às eleições do próximo ano.

Faz sentido, não faz? Faz, faz. Pelo menos para já.

 

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