Os Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Famalicão estão em greve esta quinta e sexta-feira, dias 27 e 28 de janeiro, com concentração e desfile como forma de protesto contra as condições de trabalho, que afirmam que se têm vindo a agudizar desde o início da pandemia.
Entre as razões alegadas para a convocação da greve estão horários de trabalho desregulados, pagamento de trabalho suplementar, contratação de trabalhadores com postos de trabalho efetivo assédio laboral e falta de condições de higiene.
“As trabalhadoras estiveram sempre na linha da frente perante a pandemia por covid-19, trabalhadores que abdicaram da sua vida pessoal quando foi preciso dar resposta aos utentes da instituição”, refere o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), acrescentando que “esta direção não reconhece o esforço e profissionalismo dos trabalhadores, pelo contrário agrava os problemas já existentes e não promove o diálogo por forma a promover a paz social”.
O CESP afirma ainda que está a apoiar trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia que avançam com ações para além da greve.
SANTA CASA REAGE
Em comunicado, a Santa Casa de Misericórdia de Vila Nova de Famalicão refere que que não existem fundamentos válidos para a grave. “Interpretamos que esta greve tem motivações externas, alheias a questões laborais”, refere a instituição.
“Quanto aos motivos concretos invocados na convocatória, salientamos que não houve nenhuma alteração em termos de horários de trabalho e dos outros assuntos nela mencionados relativamente ao que sempre se tem praticado com a anuência da generalidade dos funcionários, pelo que nos espanta este comportamento agressivo para com uma instituição secular que sempre se pautou pelo bom relacionamento com os trabalhadores”, destaca a Santa Casa, remetendo para a próxima semana “um comentário mais detalhado relativamente a este assunto”.
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