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Sábado, 12 Outubro 2024

Guimarães é a primeira cidade portuguesa na Declaração Europeia das Cidades Circulares

Guimarães tornou-se na primeira cidade portuguesa a assinar a declaração Europeia das Cidades Circulares, o que, segundo uma nota de imprensa divulgada pela Câmara MUnicipal, reforça o trabalho que tem vindo a desenvolver na transição da economia linear para a economia circular.

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Famalicão

Guimarães tornou-se na primeira cidade portuguesa a assinar a declaração Europeia das Cidades Circulares, o que, segundo uma nota de imprensa divulgada pela Câmara MUnicipal, reforça o trabalho que tem vindo a desenvolver na transição da economia linear para a economia circular.

A par de Guimarães, outras cidades europeias com história assinaram esta declaração como Ghent, Praga, Copenhaga, Helsínquia, Budapeste, Florença, Oslo, Liubliana e Malmo.

Em comunicado, a autarquia vimaranense dá conta de que “esta transição contribuirá para criar uma sociedade eficiente em termos de recursos com baixo teor de emissões de carbono e socialmente responsável”.

“Nesse sentido, Guimarães tem já em execução, desde 2016, um plano estratégico para a Economia Circular (G4CE – Guimarães For Circular Economy) que tem sido alvo de reconhecimento nacional e internacional por contribuir para uma gestão eficiente de recursos, com o envolvimento dos cidadãos”, sublinha a nota municipal.

A Declaração Europeia das Cidades Circulares foi desenvolvida por um vasto conjunto de entidades e individualidades, reconhecidas internacionalmente, com o objetivo de garantir que a visão e os compromissos estabelecidos, apesar de ambiciosos, serão alcançáveis através do empenhamento e apoio das cidades aderentes.

O QUE É A ECONOMIA CIRCULAR?

“Economia Circular” é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado, a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento económico e o aumento no consumo de recursos, relação até aqui vista como inexorável.

Materializa-se na minimização da extração de recursos, na maximização da reutilização, no aumento da eficiência e no desenvolvimento de novos modelos de negócio.

Inspirando-se nos mecanismos dos ecossistemas naturais, que gerem os recursos a longo prazo num processo contínuo de reabsorção e reciclagem, a Economia Circular promove um modelo económico reorganizado, através da coordenação dos sistemas de produção e consumo em circuitos fechados.

Caracteriza-se como um processo dinâmico que exige compatibilidade técnica e económica (capacidades e atividades produtivas), mas que também requer igualmente enquadramento social e institucional (incentivos e valores).

A Economia Circular ultrapassa o âmbito e o foco estritos das ações de gestão de resíduos e de reciclagem, visando uma ação mais ampla, desde o redesenho de processos, produtos e novos modelos de negócio até à otimização da utilização de recursos (“circulando” o mais eficientemente possível produtos, componentes e materiais nos ciclos técnicos e/ou biológicos).

Visa, assim, o desenvolvimento de novos produtos e serviços economicamente viáveis e ecologicamente eficientes, radicados em ciclos idealmente perpétuos de reconversão a montante e a jusante.

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