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Terça-feira, 12 Novembro 2024
Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Pequenos guerreiros: vidas prematuras, histórias inspiradoras  

Cada batimento cardíaco, cada respiração, representa uma vitória sobre todas as probabilidades.

2 min de leitura
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Susana Dias
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Famalicão

Assinalou-se no dia 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade, data que tem como objetivo aumentar a consciencialização para os nascimentos prematuros.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) nasceram 13,4 milhões de bebés prematuros, ou seja, antes das 37 semanas de gestação, em todo o mundo.

Em Portugal a prematuridade é de cerca de 8% e a prevalência de prematuros abaixo das 32 semanas de 1,2%. Os nascimentos prematuros em Portugal, estão essencialmente associados à idade, a doenças maternas, mas o conhecimento dos fatores de risco é importante já que alguns casos podem ser prevenidos.

Cada batimento cardíaco, cada respiração, representa uma vitória sobre todas as probabilidades. Os bebés prematuros, minúsculos heróis, começam a sua caminhada antes do tempo, enfrentam desafios que são imensuráveis em sua pequenez. Contudo é nessa fragilidade aparente que encontram uma força inspiradora. O que os torna tão inspiradores é a garra que têm. Lutam muito desde o início, são pessoas mais práticas durante a vida e têm uma maior resistência. Tudo aquilo que um bebé adquire no útero materno, o prematuro aprende cá fora.

Ao entrarmos na ala neonatal da maternidade, somos recebidos pelo suave murmúrio de incubadoras onde uma batalha silenciosa é travada por pequenos guerreiros que chegaram ao mundo antes do tempo. Os bebés prematuros, frágeis e resilientes têm uma história para contar. Cada um desses seres, rodeados em fios e monitores enfrentam uma caminhada única. O tempo, que normalmente é medido em semanas, torna-se uma preciosidade ainda mais evidente para aqueles que lutam por cada respiração, cada batimento cardíaco.

São acompanhados por profissionais de saúde, verdadeiros anjos da guarda,  transformam as salas de neonatologia em campos de batalha, lutando pela sobrevivência e crescimento destes guerreiros. A tecnologia, representada pelas modernas incubadoras e avançados cuidados neonatais, torna-se aliada na luta pela sobrevivência. Cada toque, cada cuidado delicado é uma promessa de esperança em meio da incerteza.

Para as famílias, o dia a dia é uma montanha russa emocional. A ansiedade, a alegria e a esperança entrelaçam-se a cada dia que passa. Celebrar os progressos por menores que sejam, torna-se um ato de resistência contra a adversidade. Como mãe de um bebé prematuro, considero fundamental reconhecer o dia nacional de bebés prematuros, não apenas como uma data no calendário, mas como uma lembrança de que a vida prematura é uma história extraordinária que merece ser partilhada.

A consciencialização é importante para a continuação dos apoios e avanços em cuidados neonatais. Que possamos como sociedade, unir esforços para oferecer um futuro brilhante a estes pequenos guerreiros. Estas vidas prematuras são um testemunho de força e perseverança e cada capítulo da sua história merece ser celebrado. No final, o tamanho de um herói não se mede em centímetros, mas na coragem que reside no coração.

 

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Os artigos de opinião publicados no Notícias de Famalicão são de exclusiva responsabilidade dos seus autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal.

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Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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