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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 14 Agosto 2025
Manuela Cunha
Manuela Cunha
Professora do ensino especial com largos anos de experiência, Manuela Cunha é autora dos livros “Autismo uma perturbação pervasiva do desenvolvimento”; “Semeadores de Afetos – Vivências reais de uma prof. de Educação Especial”, “Pais Felizes! Filhos Felizes” e “Maria Amor, o diário”.

Porque teima a vida em golpear as boas pessoas?

As más pessoas são premiadas. As boas pessoas são silenciadas.

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Manuela Cunha
Manuela Cunha
Professora do ensino especial com largos anos de experiência, Manuela Cunha é autora dos livros “Autismo uma perturbação pervasiva do desenvolvimento”; “Semeadores de Afetos – Vivências reais de uma prof. de Educação Especial”, “Pais Felizes! Filhos Felizes” e “Maria Amor, o diário”.

Famalicão

Parece que, quanto melhor pessoa somos, mais a vida teima em nos tratar mal!

Certamente já refletiu, muitas vezes, sobre esta questão. Olhamos ao nosso redor e a sensação que ressalta à vista menos protegida é que, as pessoas que realmente prejudicam o outro são as mais beneficiadas; as que menos se aplicam no mundo do trabalho são as primeiras a serem promovidas; aquelas a quem ajudamos são as que mais nos apedrejam. Ora, isto não deixa de ter o seu fundo de verdade, principalmente na sociedade em que vivemos onde os valores parecem estar todos invertidos.

As más pessoas são premiadas. As boas pessoas são silenciadas.

Todavia, a vida é mestre! É sábia! E uma das suas grandes lições é que, ser boa pessoa não nos dá a imunidade ao sofrimento, por isso ela também golpeia as pessoas do bem. Será justo? Não deveria golpear apenas as más pessoas? À cegueira dos nossos olhos e à luz da nossa incompreensão dos mistérios da vida, não é de todo justo. Mas, a vida sabe muito mais do que todos os doutos.

Assim, todas as pessoas boas e más caem em determinadas fases ou circunstâncias da vida ao fundo do poço. O que as distinguem é o tipo do tombo, a forma como caem.

Enquanto as más pessoas ao cair irão culpar o outro pela queda, odiando-o, culpabilizando-o e até amaldiçoando-o e jurando vingança, as boas pessoas irão fazer algo de diferente, irão fazer ressoar nelas próprias os seus pensamentos, as suas emoções, os seus atos e ações.

Esta ressonância, tantas vezes dolorosa, transformar-se-á na luz que as permitirá encontrar a saída do poço. Elas sabem, contrariamente às más pessoas que, na dor há mais aprendizagem do que felicidade imediata. Em oposição, as más pessoas não encontrarão a luz, nem o caminho de volta. Permanecerão encarceradas no seu orgulho e na sua maledicência.

Contrariamente, as boas pessoas guiadas pela análise profunda e honesta da sua autoconsciência, na ousadia do seu crescimento emocional e imbuídas pela felicidade da gratidão por adquirir mais sabedoria na tentativa de viver uma vida com mais significado, essas sim, voltarão à superfície do solo com uma vontade intrínseca de se tornar ainda melhores pessoas, mesmo sabendo que as inverdades, as injustiças e as agruras da vida continuarão a existir. É deste barro que as boas pessoas são feitas!

Em jeito de conclusão e como escreveu Carlos Hilsdorf: “Não se atiram pedras em árvores sem fruto”.

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Professora do ensino especial com largos anos de experiência, Manuela Cunha é autora dos livros “Autismo uma perturbação pervasiva do desenvolvimento”; “Semeadores de Afetos – Vivências reais de uma prof. de Educação Especial”, “Pais Felizes! Filhos Felizes” e “Maria Amor, o diário”.
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