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Quarta-feira, 1 Maio 2024
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Quando o céu se torna demasiado estrelado

Muitos dos pais, para almofadar o sofrimento, escondem a verdade e na minha opinião deve ser o contrário. As experiências de perdas estão associadas ao crescimento de qualquer ser humano.

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Susana Dias
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Quando a minha filha mais velha perguntou “porquê que o avô não desce lá de cima”, o sentimento é difícil de digerir, as palavras custam a sair no momento.

A justificação que o avô é uma estrelinha no céu, através do qual pode cumprimentar todas as noites nem sempre se torna compreensível, porque quando se torna dia deixa de se ver as estrelas, e a criança pode se sentir esquecida porque a estrela já não a vem visitar. Assim como, dizer que um familiar foi embora e não vai voltar pode causar sentimentos de abandono.

Muitos dos pais, para almofadar o sofrimento, escondem a verdade e na minha opinião deve ser o contrário. Quanto mais nos confrontamos com a perda mais dói e mais crescemos com ela, as experiências de perdas estão associadas ao crescimento de qualquer ser humano.

Não é fácil falar da morte às crianças sobretudo a de alguém próximo, como a mãe, pai ou avôs, mas isso não é motivo para excluir as crianças de fazerem o seu luto tal como os adultos. É fundamental dialogar, há todo um processo pela frente que deve ser feito com honestidade, falando da morte como um processo natural que faz parte da vida.

A perda de um pai ou da mãe é muito dolorosa, mas é importante dar a informação de forma clara assegurando que a criança compreenda as nossas palavras e devemos estar atentos às suas questões e comportamentos.

Até aos dois anos, a criança não tem capacidade cognitiva para entender o conceito da morte. É a partir dos cinco, seis anos que a criança começa a compreender o significado da morte, sendo que as crianças são diferentes umas das outras reagindo de modo diferente.

No processo do luto podem surgir alterações comportamentais e emocionais (alteração no sono, apetite, medo, sofrimento, dores de cabeça, dores de barriga, ansiedade, dificuldades de atenção e na aprendizagem).

Tratar a morte como não sendo algo natural não é a melhor forma de proteger a criança pois pode dificultar o processamento da realidade. O luto é necessário, mas é vivenciado de modo diferente em cada fase do seu desenvolvimento.

Tal como nos adultos, as crianças têm maneira diferente de lidar com o sofrimento e brincar pode ser um mecanismo de defesa. Em todo o caso, a criança e a família, podem necessitar de ajuda profissional para que tenham tempo e espaço para a dor e aceitação.

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