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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 3 Outubro 2024

Orfeão Famalicense anuncia vencedores do concurso de quadras Antoninas

Foram inscritas a concurso 124 quadras

3 min de leitura
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Famalicão

Foram entregues na sexta-feira, dia 16, os prémios do concurso de quadras Antoninas promovido pelo Orfeão Famalicense. Foram inscritas a concurso 124 quadras.

O júri constituído por Anabela Gregório, professora de português; Maria do Sameiro Figueiredo, cantora, autora, compositora e poetiza; e por João Cidade poeta, em representação do Orfeão Famalicense, analisou as quadras e decidiu os vencedores.

O primeiro prémio, patrocinado pelo E. Leclerc Famalicão, foi atribuído à quadra número 84, com o pseudónimo “Amor de Perdição”, de que é autor David Compadre e que diz assim:

Santo António também és,
Meu amor de perdição.
Ajoelhei-me a teus pés,
Aqui, em Famalicão.

O segundo prémio, patrocinado pela empresa Vieira da Castro, foi atribuído à quadra número 100, com o pseudónimo “Poeta”, de que é autor Guilherme Teixeira e que diz:

P’ras Antoninas eu vou,
Porque solteira não fico,
Será certo arranjar
Quem me regue o manjerico.

O terceiro prémio, que teve o patrocínio da Câmara Municipal, com a oferta de uma publicação sobre a história da Rua Direita e pela artista famalicense Maria do Sameiro com a oferta de um CD, às quadras número 73, com o pseudónimo “saturno”, e à quadra número 121, com o pseudónimo “Kika”, de que são autores José Guimarães e Maria Andrade e que nos revelam:

Santo António, aconteceu!
Foi apenas brincadeira…
– Como é que o bebé nasceu?
Foi o calor da fogueira!

Levaste-me às Antoninas
Sei que fomos p’ra noitada…
Acordei pelas matinas
Não me lembro de mais nada.

Houve ainda o Prémio “Casa das Artes”, atribuído à quadra número 64, com o pseudónimo “Santo António Comprador”, de que é autor David Compadre, que imaginou Santo António a fazer compras na nova Praça de Famalicão:

Santo António é um amor,
Quis fazer a sua graça,
Parou, desceu do andor
Foi fazer compras à Praça.

O júri decidiu, ainda, distinguir com menção honrosa as quadras números 35, 38, 46, 47, 57, 59, 67, 70, 72 e 85, que que das mais variadas formas são demonstrativas do que as festas Antoninas representam para Famalicão, não esquecendo a importância de terem sido classificadas como Património Cultural Imaterial de Portugal:

Antoninas – manjerico:
Há vasos por todo o lado…
Dá um ao teu namorico,
Já que estás apaixonado!

Para a marcha, minha gente!
Vamos lá, para a folia…
Na terra, há festa imponente
Com muito AMOR e magia!

Antoninas, que loucura!
Não há outra festa assim:
Remédio que tudo cura,
Numa noitada sem fim.

Cavaquinhos, concertinas,
Ar festivo já se sente.
São as Festas Antoninas,
A alma da nossa gente.

O povo sai todo à rua,
P’ra contigo festejar!
Dias em que a festa é tua…
Santo António é p’ra durar!

Antoninas bem lembradas
No mote do Orfeão…
Por si podem ser cantadas
Com sublime afinação!

Santo António milagreiro,
Santinho… faz o milagre!
Arranja-me um companheiro..
Jeitoso p’ra minha idade.

Meu santo, vim à cidade,
Trouxe também a mulher!
Regressou à mocidade…
Já não estou p’ro qu’ela quer!

Agora sois Património,
Antoninas a valer!
Riquezas deste quilate
São mesmo p’ra defender!

Também marcha a pequenada,
Não se vai deitar a lua,
Nesta festa abençoada,
Vem Santo António p’ra rua!

No sarau cultural, intitulado “noite de orvalhada”, que decorreu na estação rodoviária de Famalicão, esteve presente o vice-presidente da Câmara Municipal, que elogiou a iniciativa e deixou a garantia de que o concurso de quadras antoninas levado a efeito pelo Orfeão Famalicense, fará parte do programa das festas Antoninas, a partir do próximo ano. A promessa deixou o presidente do Orfeão Famalicense e os orfeonistas muito satisfeitos.
“Faz todo o sentido, face à qualidade do concurso e do evento que o Orfeão nos está a proporcionar. Será mais uma iniciativa muito interessante a enriquecer o programa das Antoninas, em 2024”, disse Ricardo Mendes.

A animação do evento esteve a cargo do Orfeão Famalicense acompanhado de um grupo de excelentes músicos, executando, entre outras músicas populares, a Marcha das Antoninas da autoria de José Casimiro da Silva e do Padre Benjamim Salgado, tendo iniciado com um sketch em que se imagina como tenha começado a devoção a Santo António em Vila Nova de Famalicão, representação que contou com a colaboração de um par de namorados, elementos do Grupo Infantil e Juvenil Santiago de Gavião e de três orfeonistas.

Recorde-se que na sua fundação o Orfeão contava, também, com um grupo cénico.

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