NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Para os eleitores poderem seguir a campanha eleitoral do CHEGA existe uma sede física e/ou digital que contenha informação sobre as listas, o programa, as atividades e outros assuntos relacionados? Qual é essa sede?
PEDRO ALVES: Não dispomos de uma sede física no momento, mas temos uma presença digital ativa e acessível no site oficial da candidatura: https://www.chegavnf.com/. Ali, os eleitores podem encontrar as listas completas, o programa eleitoral detalhado, calendário de atividades, notas de imprensa e atualizações regulares sobre a campanha. Encorajamos a subscrição da newsletter no site para receberem alertas diretos.
NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Para o CHEGA quais são os cinco principais problemas do concelho, por ordem de importância?
PEDRO ALVES: De acordo com a nossa análise das necessidades dos famalicenses, recolhida através de conversas diretas com a população, inquéritos locais e dados oficiais, os cinco principais problemas, por ordem de importância, são os seguintes. Desenvolvemos cada um com mais detalhe para ilustrar a urgência e o impacto no quotidiano das famílias:
Falta de habitação acessível para jovens e famílias locais, agravada pela especulação imobiliária: Este é o drama mais visceral do concelho, onde milhares de jovens casais são forçados a viver em quartos alugados com rendas ao nível de Lisboa e Porto (média de 600-800 euros/mês), apesar de salários médios locais rondarem os 1.200 euros. A especulação impulsiona preços de compra para além dos 2.000 euros/m², expulsando a população jovem para concelhos vizinhos e contribuindo para o envelhecimento demográfico – Famalicão perdeu cerca de 5% da população ativa nos últimos 10 anos. Sem intervenção, arriscamos um futuro sem renovação geracional.
Insegurança pública e falhas na proteção civil, incluindo prevenção de incêndios e resposta a emergências: A insegurança é uma preocupação crescente, com relatos de furtos em freguesias rurais (aumentaram 20% em 2024, segundo dados da PSP), agressões no centro da cidade e falhas graves na prevenção de incêndios, que afetaram mais de 1.000 hectares em 2023. Famalicenses vivem com medo, especialmente em zonas isoladas, onde a resposta a emergências demora em média 15-20 minutos. Como bombeiro de carreira, Pedro Alves testemunha diariamente estas lacunas, que não só ameaçam vidas como minam a coesão social.
Deficiências no acesso à saúde, com esperas excessivas nas urgências e falta de especialidades no Hospital de Famalicão: As famílias enfrentam humilhações diárias, como esperas de mais de 9 horas nas urgências do Hospital de Famalicão (que atende cerca de 150.000 casos/ano, mas com taxa de ocupação superior a 120%). Falta especialidades básicas como oftalmologia, ortopedia e cardiologia, forçando deslocações para Braga ou Porto. Idosos em freguesias rurais são os mais afetados, com acesso limitado a cuidados preventivos, agravando problemas crónicos e aumentando custos a longo prazo.
Degradação ambiental, nomeadamente na recuperação do Rio Pelhe e na gestão de resíduos: O Rio Pelhe, veia vital do concelho, sofre com descargas ilegais e poluição que afetam a qualidade da água (classificada como “ruim” em relatórios da APA de 2024) e a biodiversidade. Isso impacta o turismo e a saúde pública, com cheiros nauseabundos em áreas urbanas e risco de inundações em zonas baixas. A gestão de resíduos é ineficiente, com apenas 30% de reciclagem em algumas freguesias, contribuindo para a degradação de solos e perda de espaços verdes.
Desafios na economia local e mobilidade, como desemprego jovem e transportes públicos ineficientes: O desemprego jovem ronda os 15% (acima da média nacional), com PME a lutarem contra burocracia excessiva e falta de inovação. A mobilidade é caótica: transportes públicos cobrem apenas 40% das freguesias de forma eficiente, com horários inadequados, forçando dependência do automóvel e congestionamentos que custam milhões em tempo perdido. Sem emprego qualificado e acessibilidade, Famalicão arrisca estagnação económica
NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Qual a verba aproximada que, dentro do orçamento municipal, tenciona afetar à resolução de cada um desses problemas?
PEDRO ALVES: As nossas propostas visam uma alocação eficiente do orçamento municipal para 2025, aprovado em 219 milhões de euros – o maior de sempre na história do concelho, com um investimento recorde superior a 77 milhões de euros. Priorizaremos medidas de alto impacto sem aumento de impostos, refinando estas estimativas no nosso orçamento-programa para garantir transparência e prestação de contas. As verbas aproximadas seriam:
Habitação acessível: 25-30 milhões de euros (incluindo cedência de terrenos municipais, programas de reabilitação urbana e redução fiscal no IMI).
Segurança e proteção civil: 12-15 milhões de euros (para centro de treino, central de videovigilância, reforço aos bombeiros e planos de prevenção de incêndios).
Saúde: 20-25 milhões de euros (reforço hospitalar com novas especialidades, unidades móveis e programa de apoio aos seniores).
Ambiente: 8-10 milhões de euros (fundo municipal para reabilitação do Rio Pelhe, praias fluviais e projetos de reciclagem sustentável).
Economia e mobilidade: 15-18 milhões de euros (apoio a PME, formação para jovens e expansão da rede de transportes públicos com shuttles gratuitos). Estas alocações representam cerca de 40-50% do investimento total, sempre alinhadas com as Grandes Opções do Plano para 2025.
CONSULTE ABAIXO AS RESPOSTAS DOS OUTROS CANDIDATOS À CÂMARA MUNICIPAL
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