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Vila Nova de Famalicão
Sexta-feira, 19 Abril 2024

Os ataques, as perseguições e o clima de medo que invadiu Famalicão

Ameaças, perseguições, chantagem... Os famalicenses são muito melhores do que as coisas que andam a acontecer por cá.

6 min de leitura
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Famalicão

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Com a proximidade das eleições autárquicas, as obras não são a única coisa a despontar em todos os lados. Também os ataques e as perseguições multiplicam-se.

Um comentário numa rede social pode levar a que, em retaliação, um funcionário municipal seja transferido para um posto de trabalho mais distante da sua casa. Sim, têm acontecido coisas assim em Vila Nova de Famalicão. Até parece que voltamos aos tempos bafientos da ditadura salazarista. Uma das notícias de hoje é que cartazes políticos estão a ser vandalizados em Famalicão.

Os temas para notícias e reportagens abundam, no entanto, escasseiam fontes que aceitem falar sem recurso ao anonimato. As pessoas temem a exposição pública porque têm medo de represálias. Ou porque podem ser prejudicadas diretamente. Ou porque a vítima pode ser um familiar direto. Ou alguma associação ou empresa a que as pessoas pertençam.

Isso acontece muito mais do que se imagina e nem quem trabalha na esfera privada está livre disso… As pressões levam à perda de clientes. Se em causa estiver um jornal, à perda de anunciantes soma-se a ausência de qualquer apoio municipal (e assim vê-se uns com muito, outros com pouco e outros com nada).

Um empresário que há décadas escolheu Famalicão para viver e constituir família, que criou empresas e emprega um grande número de funcionários, é cronista do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO desde a primeira hora. O facto de ter sido convidado e o facto de ter aceitado o convite revelam o seu compromisso e envolvimento com a comunidade e realidade local.

E o que aconteceu num dia em que escreveu algo que desagradou ao poder instalado no município? Foi alvo de comentários xenófobos no jornal. O autor pesquisou e escreveu sobre a carga fiscal e a aplicação das receitas obtidas com os impostos municipais e, em vez de ser refutado no que explicou, numa saudável e democrática troca de argumentos válidos, apareceu nos comentários um empreiteiro que tem faturado milhões e milhões municipais nos últimos anos a dizer: “Volta para a Anadia!”.

Uma riqueza de argumentação, não é? O autor sequer tinha escrito nada sobre o dito empreiteiro. O texto falava apenas sobre a boa aplicação dos recursos municipais, mas a carapuça serviu e veio o ataque xenófobo.

Recentemente a campanha negativa que anda a ser feita nos bastidores do submundo da política local sobre o candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Famalicão foi tema do artigo de opinião de outro cronista do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO (ler aqui: “Ele não é de cá…”. A xenofobia na campanha de Famalicão).

Bem, se esses são exemplos do que acontece com quem nasceu noutros concelhos portugueses e se tornou famalicense por opção, imaginam o que acontece com quem nasceu noutro país e escolheu Famalicão? Essa é uma pergunta que posso responder com a minha própria experiência.

Nasci no Brasil e desde 2001 escolhi viver em Vila Nova de Famalicão. Nessas duas décadas tenho contribuído com o desenvolvimento do concelho em diversos âmbitos, desde o aumento da natalidade à criação de postos de trabalho, passando pelo voluntariado e associativismo e outras atividades que fazem de cada um de nós pessoas melhores ao nos doarmos para tentar ajudar a melhorar realidades.

Os comentários xenófobos e machistas que me são dirigidos, quer nas redes sociais do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO quer enviados em privado por diferentes vias, revelam, mediante pouca ou nenhuma investigação, a cor do cartão partidário, o contrato no portal base, ou qualquer que seja a outra fonte de clientelismo.

Mas a pergunta é: o que é que foi publicado no NOTÍCIAS DE FAMALICÃO e foi desmentido? Nada!

O que é que o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO publicou e estava enganado? Nada!

Temos orgulho em divulgar informações completas, publicar documentos, ter um amplo leque de fontes e fazer um trabalho de investigação pormenorizado, dentro das nossas limitações.

Foi no NOTÍCIAS DE FAMALICÃO que os famalicenses souberam, em primeira mão, que as hortas urbanas seriam retiradas do Parque da Devesa; que Paulo Cunha não seria recandidato; que Mário Passos seria o novo candidato da coligação PSD-CDS; que Leonel Rocha seria candidato à Junta de Ribeirão; que Pedro Oliveira entraria na lista de vereadores da coligação; que José Santos e Pedro Sena deixariam a vereação municipal, etc.

Há assuntos que só NOTÍCIAS DE FAMALICÃO publicou, embora outros jornais também tivessem a informação. Exemplo: Vice-presidente da Câmara de Famalicão pode perder o mandato. Vereador também acusado.

Curiosamente, notícias semelhantes, mas envolvendo vereadores de outros concelhos, essas sim foram publicadas nos jornais de Famalicão, mas as notícias envolvendo vereadores famalicenses, não.

O caso envolvendo a construção no Parque da Devesa e a retirada das hortas urbanas e que agora está a ser discutido em tribunal, é um dos exemplos de situações que o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO acompanhou desde a primeira hora, defendendo o interesse público, ao publicar documentos, entrevistar especialistas e ouvir os famalicenses.

E, assim, as almas raivosas, na impossibilidade de atacar os textos, atacam quem os escreve. A “vaca brasileira” é um dos epítetos mais comuns. Poupo-vos do resto.

Numa campanha difamatória que cresce à medida que aumenta o incómodo com as notícias publicadas, procuram atacar o meu bom nome e a minha credibilidade. Preocupa-me apenas as pessoas que ficam preocupadas comigo.

Agradeço as inúmeras mensagens e chamadas que tenho recebido. Fiquem descansados. Estou bem! Como disse o brilhante Mário Quintana no poema “Eles passarão…/ Eu passarinho”.

Os impropérios proferidos por desconhecidos, não me atingem. Os que saem da boca de “ilustres senhores” (sim, o que dizem por aí chega até mim com nome e apelido) só metem nojo e nada mais.

Disseram-me há dias – após ter recebido mais uma mensagem racista – que a qualidade dos políticos que estão à frente de um município é o reflexo das pessoas que votam neles.

Não pode ser verdade. Vejamos o exemplo de Famalicão: os famalicenses são muito melhores do que as coisas que andam a acontecer por cá.

É também por isso que eu e outras tantas pessoas que não nasceram famalicenses, mas escolheram Vila Nova de Famalicão para viver, viemos para ficar.

E os famalicenses cá nascidos, em que terra querem viver? Ameaças, perseguições, corrupção, chantagem… É preciso expurgar o que há de mal e conservar apenas o que há de bom. Felizmente há muita coisa boa em Famalicão.

Post scriptum 1 – Tenho nacionalidade portuguesa há mais tempo do que muitos têm cartão partidário. Um pormenor curioso e facilmente identificável nos ataques mais agressivos e mais disparatados. 

Post scriptum 2 – É justo (e óbvio) que quem vive numa terra deve ter direito de participar nas escolhas que impactam o futuro individual e coletivo. Tanto faz se nasceu noutro concelho ou noutro país. 

Post scriptum 3 – Em 9 meses de existência o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO tem uma audiência enorme. O último editorial que escrevi, sob o título Os famalicenses têm o direito à verdade e não à manipulação, foi lido no site por 4.838 pessoas e atingiu mais de 90 mil pessoas no Facebook. E isso é motivo de orgulho. Infelizmente, os bons números não são suficientes em termos comerciais já que anunciantes receiam retaliações. Por isso, se desejar colaborar com a viabilidade do projeto, saiba que pode ajudar-nos a fazer mais e melhor. 

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