Três perguntas a Paulo Ricardo Lopes

Candidato da IL à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Comentários

6 min de leitura
Paulo Ricardo Lopes no púlpito a discursar Paulo Ricardo Lopes no púlpito a discursar

NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Para os eleitores poderem seguir a campanha eleitoral da IL existe uma sede física e/ou digital que contenha informação sobre as listas, o programa, as atividades e outros assuntos relacionados? Qual é essa sede?

PAULO RICARDO LOPES: A informação relativa aos nossos candidatos e programa pode ser encontrada no nosso site de campanha https://famalicaoliberal.pt/.

Por um questão de eficiência de recursos, e visto que as campanhas são financiadas em grande parte pelos contribuintes optamos por não ter uma sede física.

- Publicidade -

 

NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Para a IL quais são os cinco principais problemas do concelho, por ordem de importância?

PAULO RICARDO LOPES: A ordem de importância dos problemas é sempre uma forma ingrata de os dividir, pelo que optamos pelos 5 problemas mais relevantes, mas ordenados pela capacidade que a Câmara Municipal tem de os enfrentar e solucionar.

  1. Eficiência dos Gastos

Eleger um Vereador Liberal é fundamental para garantir uma câmara mais eficiente, que ponha fim à política do maior orçamento de sempre, evitando que a câmara acabe nas mãos do PS, que como podemos ver quer gastar ainda mais que o atual executivo.

Precisamos de um presidente que faça gala em gastar bem e não em gastar muito, para tal medidas como o corte de 20% no orçamento das festas, redução de 4 nomeados no Gabinete do Presidente e revisão de todas as Avenças e Subsídios serão medidas capazes de colocar a câmara num rumo menos gastador, mais concentrada em servir a população do que as máquinas partidárias.

  1. Educação

Temos o objetivo de tornar Famalicão um campeão ao nível da educação. Para isso temos de virar o foco para uma etapa que tem sido muitas vezes esquecida, os primeiros anos de vida. Vários estudos têm demonstrado a importância desta etapa para o desenvolvimento dos nossos bebés e crianças, e como tal devemos garantir que todos, mas mesmo todos têm acesso à creche.

Aqui queremos mudar um paradigma em que se olha para as creches como os locais em que deixamos os nossos filhos para ir trabalhar, este aspeto é relevante, mas as creches são antes de mais fundamentais para o desenvolvimento das nossas crianças e temos de lhes dar atenção especial.

  1. Apoio aos idosos

Tal como no caso das creches, a resposta aos nossos idosos tem carências, que serão aprofundadas pelo envelhecimento da população, sendo necessário trabalhar com as nossas IPSS e setor privado para o aumento da capacidade de resposta em lares e cuidados continuados. Aumentar a oferta é também essencial para diminuir o número de internamentos sociais, que em muito afeta a capacidade de resposta de internamento do nosso Hospital.

Por outro lado, é necessário atuar numa área específica fazendo um estudo de rastreamento dos problemas de saúde mental dos nossos idosos, em especial na área da demência e constituindo a Associação Casa da Memória como parceiro estratégico, visando ter uma base para a conceção de políticas públicas que apoiem doentes e cuidadores.

  1. Habitação e Mobilidade

A crise da Habitação resolve-se com mais construção, sendo um dos nossos lemas Construir, Construir, Construir… Temos por exemplo a zona do tribunal, onde nos foram prometidos 180 apartamentos e acabamos com 2 supermercados.

Para tal, temos de por o departamento de urbanismo a funcionar, implementando tanto quanto possível a Inteligência Artificial para agilizar processos e diminuir o tempo de resposta da câmara. Aqui, urge finalizar o PDM, atribuir um voto de louvor aos funcionários do gabinete do urbanismo que tiveram este processo em mãos e que por fruto da falta de capacidade de planeamento do executivo municipal têm sofrido uma carga de trabalho desproporcional.

É também importante incluir a Mobilidade nesta discussão, defendemos a criação da Área Metropolitana do Minho como forma de permitir criar uma rede de transportes que facilite a vida das pessoas e favorecendo a construção densificada em zonas com bons transportes.

  1. Hospital

A nossa forma de ajudar a melhorar o Hospital de Famalicão passa por promover um estudo junto de uma entidade do Ensino Superior, no qual seja projetada a nossa demografia a 10 anos e que nos indique o Hospital que vamos precisar, sendo esse estudo disponibilizado à administração do Hospital.

Defendemos a remodelação do nosso Hospital por etapas, visto que um Hospital de raiz ficará preso décadas nos gabinetes de Lisboa. Em reunião com o Hospital verificamos existirem projetos para novos edifícios de apoio ao Hospital, para os quais é urgente arranjar financiamento e devendo sempre tentar-se construir o mais alto possível, pois só dessa forma se consegue aproveitar ao máximo o solo existente.

Precisamos de uma administração que tenha capacidade de resolver problemas, motivar os profissionais e não fique presa à burocracia que os gestores hospitalares estão sujeitos, sob pena de continuarem a persistir os problemas atuais, em que chover dentro do Hospital, longas esperas na urgência e ter condições deficientes de higiene na cantina passou a ser normal. Assim, defendemos que o governo promova uma Parceria Público Privada para a gestão do nosso Hospital.

 

NOTÍCIAS DE FAMALICÃO: Qual a verba aproximada que, dentro do orçamento municipal, tenciona afetar à resolução de cada um desses problemas?

PAULO RICARDO LOPES: Uma gestão orçamental equilibrada é chave para a Iniciativa Liberal, existindo mesmo o compromisso de que não iremos aumentar o orçamento municipal durante o mandato, defendendo mesmo que ele deve ser reduzido. No que concerne concretamente às prioridades:

  1. Eficiência dos Gastos

Esta primeira prioridade é chave para libertar recursos para as outras prioridades, sendo um gestão eficiente a base de todo o nosso programa. Aquilo que for libertado por poupanças nos gastos deve ser utilizado para devolver sobre a forma de redução de impostos e investimento em áreas estruturantes.

  1. Educação

Na educação é necessário começar por fazer um estudo que mostre qual o número exato de vagas de creche em falta, discriminado por freguesias, para que a políticas sejam o mais direcionadas possível. Este estudo pode e deve ser feito internamente pelo município e terá de rapidamente apresentar conclusões.

Para aumentar o número de vagas deverão ser usados fundos da autarquia e fundos comunitários, apoiando o natural investimento por parte das nossas IPSS, sendo canalizados 500 mil euros anuais por parte do município para ajudar no reforço da oferta.

  1. Apoio aos idosos

No que concerne aos idosos, é importante investir cerca de 150 mil euros num estudo que faça um cadastro rastreamento dos problemas de saúde mental dos nossos idosos.

Para além deste estudo é necessário investimento contínuo no aumento da oferta de vagas em lares e cuidados continuados, devendo a câmara trabalhar em conjunto com as IPSS nesse sentido, disponibilizando ajuda para as candidaturas a fundos comunitários e cerca de 500 mil euros anuais de apoios camarários para este aumento de oferta.

  1. Habitação e Mobilidade

No que respeita à Habitação e Mobilidade o maior investimento será em agilizar processos, atrair os privados para a árdua tarefa de construir mais casas e conseguir que a área Metropolitana do Minho seja uma realidade.

Construir habitação deve ser função dos privados, concentrando-se a câmara municipal em finalizar a oferta que tem neste momento em curso e planear a médio prazo uma residência destinada a fornecer habitação temporária para assegurar as funções essenciais do estado (polícias, bombeiros, professores, profissionais de saúde).

  1. Hospital

No que concerne ao Hospital é sabido que a competência para investir é do estado central. No entanto a Câmara Municipal deve disponibilizar cerca de 100 mil euros para a realização de um estudo demográfico aos concelhos abrangidos pela nossa ULS, projetando a demografia e necessidades hospitalares a 10 anos. Esse estudo deve ser fornecido à administração do hospital para que esta possa projetar a sua  ampliação e renovação.

Por outro lado, a Câmara Municipal deve assegurar a adaptação da zona envolvente ao Hospital, nomeadamente a Rua Amadeu Mesquita, dando mais condições para quem circula nesta via, cujo paralelo e ondulação criam algumas dificuldades.

Assim, o proposta de governo da Iniciativa Liberal envolve sobretudo eficiência no que gastamos e assegurar que aquilo que já foi construído está em boas condições. Não esperem de nós projetos megalómanos ou incrementos na despesa pública.

 

CONSULTE ABAIXO AS RESPOSTAS DOS OUTROS CANDIDATOS À CÂMARA MUNICIPAL

Três perguntas a Anabela Mendes

Três perguntas a Eduardo Oliveira

Três perguntas a Mário Passos

Três perguntas a Pedro Alves

Três perguntas a Sandra Pimenta

Três perguntas a Sílvio Sousa

 

Comentários

Notícia anterior

Três perguntas a Mário Passos

Notícia seguinte

Três perguntas a Pedro Alves

- Publicidade -
O conteúdo de Notícias de Famalicão está protegido.