O mundo apela à sustentabilidade e à preservação do meio-ambiente. As políticas do executivo de Vila Nova de Famalicão mascaram uma adaptação à nova realidade ambiental num massacre à floresta.
Com a autorização da autarquia para a implementação da terrível floresta de vidro com 80 hectares, na zona envolvente ao Monte de Santa Catarina, o desastre ecológico ficou à vista de todos.
A palavra ecologia “morre”, nas mãos de Mário Passos.
Uma promessa de progresso, revelou-se um desastre natural a grande escala. O plano para instalar painéis solares esteve sempre na mente do executivo.
As várias imagens que temos visto têm ferido o nosso sentimento de proteção da natureza que nos foi ensinado na escola.
O que não faz sentido é Mário Passos seja o rosto deste crime ambiental e espalhe a palavra, nas escolas por onde passa, que é o defensor fervoroso da natureza.
O ditado popular “Faz o que eu digo e não faças o que faço” nunca assentou tão bem. Os desafios sistémicos e os efeitos colaterais de uma implementação apressada não foram tido em conta e duvido que os estudos de impacto ambiental, se os houve, tenham dado resposta positiva à implementação do projeto.
A mancha verde que foi destruída fazia parte de um pulmão de Famalicão, mas agora foi vítima silenciosa das políticas que prometiam respeitar o ambiente.
Andamos todos distraídos com festas, festivais, anúncios de obras em bicos de pés e poucos notaram, até ser tarde demais.
As vozes de alerta que denunciavam a destruição de ecossistemas não foram ouvidas, não lhes demos a devida importância e todos ficamos a perder.
Com “nome” de energia limpa, o nosso concelho sacrificou a sua beleza natural. A Câmara Municipal foi apanhada pelo populismo e a tentação de ceder aos grandes investimentos foi maior que a responsabilidade de defender o concelho.
Se o projeto e o investimento são assim tão bons, por que razão o executivo ainda não foi lá tirar uma foto?
Será por vergonha ou dor de consciência?
A natureza pediu socorro e nós, sociedade local, não estivemos à altura de a defender.
É isto a transição energética? É isto o progresso? É isto o futuro ecológico? É isto a energia verde que, afinal, é preta? Se a transição energética é isto, eu não quero.
O desafio agora é “expulsar” esta coligação PSD-CDS Mais Ação, Mais Famalicão e projetar a sério uma política de transição energética longe dos interesses dos grandes grupos económicos.
Acredito que isso é possível!
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