A CDU-Famalicão reuniu com representantes da Associação Famalicão em Transição. “Na abordagem dos variados temas foram evidentes os pontos de convergência entre as propostas da CDU e o trabalho de base comunitária desenvolvido pela associação”, refere a CDU em comunicado. A reunião abordou temas como a sustentabilidade ecológica, o combate à crise climática, a defesa da agricultura de proximidade e a importância da mobilidade suave no espaço urbano.
Para a CDU, a Associação Famalicão em Transição “tem vindo a afirmar-se no concelho como um exemplo de cidadania ativa, promovendo práticas concretas que colocam no centro das suas preocupações as pessoas, o território e o bem comum”. A CDU reconhece o valor transformador desse trabalho, numa altura em que se torna “urgente responder aos desequilíbrios provocados por políticas municipais centradas no betão, no automóvel e na lógica do lucro acima da vida”.
Segundo Sílvio Sousa, candidato da CDU à Câmara Municipal de Famalicão, “este encontro é revelador de que há no nosso concelho gente empenhada em construir alternativas ao modelo de desenvolvimento imposto pelas maiorias do PS e PSD, ao longo das últimas décadas”.
O candidato afirma que a CDU defende “uma transição ecológica que não seja apenas um chavão eleitoral”, mas um processo concreto, democrático e socialmente justo. “Partilhamos com a Associação Famalicão em Transição a visão de um concelho mais verde, mais solidário e mais participativo”, destaca.
Dos pontos destacados durante a reunião, em que também participaram Júlio Sá, do conselho nacional do PEV, Madalena Soares e Ana Paula Martins da Comissão coordenadora da CDU, salientam-se a defesa dos bens comuns, como o solo agrícola, a água, os espaços verdes e o ar que respiramos, combatendo a lógica de mercantilização do território; a mobilidade sustentável e inclusiva, com investimento em ciclovias seguras, transportes públicos eficientes e um urbanismo “pensado para as pessoas e não para o automóvel”; o apoio à agricultura familiar e de proximidade, promovendo feiras de produtores, hortas comunitárias e “uma alimentação saudável nas cantinas públicas”; a centralidade da participação cidadã, defendendo “orçamentos participativos reais, assembleias populares e uma maior transparência nas decisões da autarquia”.
Sílvio Sousa sublinha ainda que “a mudança necessária em Famalicão não virá de cima para baixo. Virá da mobilização popular, das associações, dos movimentos, de todos aqueles que se recusam a aceitar o caminho da destruição ambiental e da exclusão social como inevitável. A CDU está aqui para somar forças com quem luta, com quem propõe, com quem acredita que é possível viver melhor, respeitando os limites do planeta e os direitos das pessoas.”
A CDU afirma que “continuará interessada em dialogar com os diversos agentes locais que, com coerência e compromisso, contribuam para a construção de uma alternativa política enraizada no território e ligada às aspirações populares”.
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