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Vila Nova de Famalicão
Segunda-feira, 29 Abril 2024

Moradores denunciam “estado de abandono e negligência” em mega-urbanização de Cavalões

A Urbanização Pinhais de Seda, que cresceu numa zona florestal na confluência das freguesias de Cavalões, Outiz e Vilarinho das Cambas, terá 170 moradias.

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No final do mês de março, os moradores da Urbanização Pinhais de Seda, localizada na freguesia em Cavalões, contactaram as concelhias de Vila Nova de Famalicão do PSD, do CDS e do PS apelando “à compreensão e sensibilidade” das lideranças partidárias para ajudar a resolver um conjunto de situações que foram reportadas à Junta da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, em maio de 2023, e que, até ao momento, não obtiveram resposta.

“Esta ausência de resposta não só demonstra uma aparente desconsideração para com as solicitações dos munícipes, mas também acentua a necessidade de uma intervenção mais direta e eficaz por parte das autoridades municipais competentes”, refere Marcus Sartori, representante das dezenas de moradores que vivem na urbanização, na missiva dirigida aos três partidos com representação na Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a cujo conteúdo o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO teve acesso.

A Urbanização Pinhais de Seda, que cresceu numa zona florestal, na confluência das freguesias de Cavalões, Outiz e Vilarinho das Cambas, sem infraestruturas de apoio, é, na verdade, uma mega-urbanização, que terá 170 moradias, estando cerca de um terço já habitadas.

Os moradores sentem-se abandonados. “É com pesar que reporto o estado de abandono e negligência em que se encontram os espaços públicos desta área. No loteamento vivem dezenas de famílias onde o espaço público está totalmente abandonado”, descreve Marcus Sartori, destacando, entre os problemas, “a falta de manutenção, limpeza inadequada, iluminação pública deficiente – com várias vias encontrando-se na penumbra durante a noite –, escassez e desatualização dos pontos de recolha de resíduos recicláveis”.

O porta-voz dos moradores acrescenta ainda “a ausência de distribuição de gás canalizado, o que eleva consideravelmente os custos de energia para os residentes, e as dificuldades relacionadas com a ligação à internet, essencial na era digital em que vivemos”.

“SENTIMO-NOS ABANDONADOS”

“Como nos encontramos numa zona afastada do centro da freguesia, sentimo-nos abandonados”, destaca Marcus Sartori, referindo que no loteamento de elevado padrão onde vivem estão previstas 170 moradias, das quais 51 já estão edificadas, “dotadas de infraestrutura moderna e comodidades que atraem famílias de diversos tamanhos, incluindo um número significativo de crianças e adolescentes”.

O porta-voz dos moradores salienta que “o aspeto mais crítico desta situação reside na carência de espaços de convívio e infraestruturas de lazer, tais como parques infantis, espaços desportivos, ginásios ao ar livre e áreas verdes organizadas”.

“A via de acesso à ciclovia, por sua vez, apresenta-se como improvisada e perigosa, não condizente com os padrões de segurança e bem-estar que almejamos para a nossa comunidade”, destaca Marcus Sartori, salientando que esta comunicação aos partidos “não é o primeiro esforço para trazer à luz do dia estas questões”.

JUNTA DE FREGUESIA NÃO RESPONDE

“Já endereçamos estas preocupações à Junta de Freguesia da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, em maio do ano passado, mas não obtivemos resposta até o momento presente”, explica, salientando que, neste contexto, os moradores apelam que os responsáveis partidários visitem a urbanização e “tomem uma posição”.

“É importante que reconheçam a urgência destas melhorias, que acredito serem cruciais, não apenas para o enriquecimento do nosso tecido social, mas também para a projeção de Famalicão como uma cidade moderna, inclusiva e sustentável”, destaca Marcus Sartori, salientando que está “plenamente disponível para colaborar, representando dezenas de famílias que já habitam neste loteamento, na busca de soluções e na implementação de ações que venham ao encontro das nossas necessidades e expectativas”.

O NOTÍCIAS DE FAMALICÃO contactou Manuel Novais, presidente da Junta da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, que respondeu que poderá responder às questões enviadas pelos moradores “a qualquer momento”. “No entanto, esses assuntos têm sido tratados nas nossas reuniões de junta e assembleia”, acrescentou Manuel Novais.

PSD JÁ VISITOU URBANIZAÇÃO

Segundo apurou o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO, os três líderes partidários com representação no executivo municipal tiveram reações distintas, face ao pedido de visita à urbanização feito pelos moradores.

O presidente do PS-Famalicão, Eduardo Oliveira, foi o primeiro a acusar a receção do pedido e a manifestar disponibilidade para visitar Cavalões depois da Páscoa, ficando a aguardar um contacto dos moradores. O presidente do CDS, Hélder Pereira, que é vereador do Ambiente, não respondeu ao email dos moradores.

Diferente foi atitude da nova presidente do PSD-Famalicão, Sofia Fernandes, que designou um dirigente da concelhia para uma visita ao local, o que aconteceu no último sábado.

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES EM MARCHA

No encontro com representantes de cinco famílias residentes, o responsável da nova comissão política laranja incentivou a criação de uma associação de moradores. Ao mesmo tempo, prometeu inteirar-se sobre as questões administrativas da operação de loteamento, tendo em vista avaliar como poderá ser feita a intervenção nas áreas de terreno cedidas ao domínio público.

“Foi uma reunião muito positiva. Vamos avançar na criação da associação de moradores e esperamos que os problemas que apresentamos tenham uma solução para breve”, afirmou ao NOTÍCIAS DE FAMALICÃO Marcus Sartori, um dos moradores que ali compraram uma moradia.

Sartori, que trabalha numa multinacional portuguesa, onde é quadro superior no setor da engenharia de dados, escolheu Vila Nova de Famalicão para viver com a família, há dois anos, tendo trocado um condomínio fechado em São Paulo, no Brasil, pela tranquilidade bucólica de Cavalões.

 

* notícia atualizada às 22h30 com a resposta do presidente da junta.

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