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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 3 Outubro 2024

Domingos Carneiro, o último de três irmãos padres, morre aos 81 anos

Pároco de Ruivães durante 42 anos, Domingos Carneiro era o último de três irmãos padres de S. Paio de Ceide, que deixaram um traço comum: foram muito queridos pelas comunidades que serviram durante muitos anos, em Outiz, Esmeriz e Ruivães.

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Famalicão

O padre Domingos Alves Rodrigues Carneiro, que foi pároco de Ruivães nos últimos 42 anos, faleceu na noite de quinta-feira, 28 de janeiro, aos 81 anos. O sacerdote tinha marcada para os próximos dias a apresentação de um livro.

Nascido a 8 de dezembro de 1939, na freguesia de S. Paio de Ceide, Vila Nova de Famalicão, Domingos Carneiro foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1962 em Braga. Era o irmão mais novo de outros dois padres, já falecidos: Joaquim Carneiro (1934-2008), que foi pároco de Esmeriz, e José Carneiro (1931-2011), que foi professor do ensino secundário, tendo lecionado a disciplina de história no antigo Liceu Nacional de Vila Nova de Famalicão.

Os três padres da família Carneiro de S. Paio de Ceide, todos nascidos na década de 1939, deixaram um traço comum: foram muito queridos pelas comunidades que serviram durante muitos anos.

Demonstração disso mesmo o facto de tanto Joaquim Carneiro como José Carneiro terem sido homenageados com uma estátua pelas comunidades de Esmeriz e Outiz, respetivamente.

PRIMEIRA PARÓQUIA FOI RIBEIRÃO

Logo que foi ordenado, o padre Domingos Carneiro foi nomeado vigário cooperador na paróquia de Ribeirão, tendo desempenhado essas funções até ao fim de junho de 1967, quando passou a ser pároco em Rio Frio, concelho de Arcos de Valdevez, na diocese de Viana do Castelo.

Depois, em agosto de 1969, foi nomeado capelão nas Forças Armadas, onde se manteve até julho de 1978 – nomeadamente no Regimento de Cavalaria n.º 6, em Braga.

Entretanto, em junho de 1973, foi nomeado para vigário ecónomo das paróquias de Semelhe (São João Baptista) e Parada de Tibães (São Paio), no arciprestado de Braga.

Em julho de 1978 regressou, então, ao arciprestado famalicense e às funções de pároco, agora em Ruivães (Divino Salvador), onde esteve 42 anos, até dezembro de 2020.

A 27 de janeiro de 2011 passou a ser, também, pároco em Mogege (Santa Marinha). Em setembro do mesmo ano foi nomeado pároco de Mogege, onde esteve até 17 de outubro de 2019.

FUNERAL RESERVADO A FAMILIARES

O presidente da União de Freguesias de Ruivães e Novais, Duarte Veiga, na página da autarquia no Facebook, identificada com a imagem do autarca, classificou o padre Domingos Carneiro como “uma pessoa muito querida” entre a comunidade e deixou um “enorme agradecimento” por ter servido a parróquia de Ruivães “ao longo de mais de 40 anos”.

“A Arquidiocese de Braga, a família e as comunidades às quais serviu unem-se agora em oração e agradecem a Deus pelo seu ministério sacerdotal e pelo dom da sua vida”, referiu, por seu turno, uma nota divulgada pela arquidiocese bracarense.

O funeral realiza-se este sábado. As cerimónias fúnebres, reservadas apenas a familiares, estão agendadas para as 10h30, na Igreja Paroquial de Ruivães.

Entretanto, o autarca da União de Freguesias de Ruivães e Novais infotrmou que, “devido às restrições que o país atravessa e às limitações de circulação na via pública, a cerimónia será reservada apenas a familiares e entidades devidamente identificadas”.

Duarte Veiga informou que as cerimónias “serão transmitidas por via sonora, através da aparelhagem de som da torre da igreja”, pelo que as pessoas “poderão acompanhar” de suas casas assomando às “janelas e varandas com uma salva de palmas”, num “gesto de gratidão por tudo aquilo que o senhor padre Domingos representou e representa para a nossa Comunidade”.
Homenagem da comunidade de Outiz ao padre José Carneiro pelos 25 anos como pároco. Fotografia DR
Homenagem da comunidade de Esmeriz ao padre Joaquim Carneiro, em 1998. Fotografia DR

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