Uma comitiva da CDU, integrada entre outros por Mariana Silva do PEV, visitou esta sexta-feira, 27 de setembro, o local onde o ribeiro de Talvai conflui com o rio Pelhe no Parque da Devesa e os açudes junto ao Moinho de S. Marçal em Esmeriz. No local, foi possível “comprovar as queixas recebidas e a extensão e efeitos das recentes descargas poluentes”, refere o partido em comunicado.
A visita foi realizada a propósito do “Dia Mundial dos Rios”, efémeride que se assinalou no passado dia 22 de setembro, e que o partido relembra que “serve para relembrar que a proteção e conservação das linhas naturais de água doce em Portugal continuam à mercê da falta de coragem política para se fazer um investimento sério na resolução dos diversos problemas”.
“Não é a primeira vez que a CDU denuncia a poluição do Rio Pelhe, em Famalicão”, refere o partido, salientando que “muitas são as queixas” que recebe sobre “as descargas, falta de limpeza ribeirinha e maus cheiros que se vêem e sentem em determinados percursos deste rio”.
A CDU aponta que “a poluição do rio é bem visível no centro da cidade de Famalicão”, relembrando que o seu curso atravessa o lugar onde se realiza a feira semanal, que serve de parque de estacionamento nos restantes dias da semana bem como percorre o Parque da Cidade.
“A despoluição, preservação e conservação do Rio Pelhe é um assunto que a CDU tem tratado com frequência na Assembleia Municipal, questionando o executivo camarário sobre as constantes promessas de despoluição que são guardadas na gaveta”, destaca o partido.
“Na sessão da Assembleia Municipal de 20 de Setembro, a eleita da CDU Tânia Silva questionou o executivo sobre as recentes descargas no Rio Pelhe, sem obter qualquer resposta do Presidente da Câmara”, relembra a CDU, destacando que “perante a denúncia de cidadãos que frequentam os espaços verdes perto do rio, a Câmara limita-se a responder que não tem condições para identificar os focos de poluição”.
Para o partido, “é bem visível o desinteresse deste executivo camarário pelas questões ambientais e pela preservação das linhas de água e a falta de visão estratégica do cuidado com os espaços verdes, que se traduzem na ausência de um verdadeiro investimento nas margens do rio que impede a sua devolução ao usufruto da população”.
A CDU considera que “a despoluição não é uma tarefa de fácil execução”, mas sublinha que o caminho tem de ser feito e que “o desleixo das entidades competentes e sucessivos atentados ambientais levam ao declínio da biodiversidade, à degradação dos habitats que perduram e se agravam”.
“Relembramos que é possível e urgente fazer mais e melhor pela defesa e proteção do Rio Pelhe”, apela a CDU, reforçando que é necessário o investimento na “proteção dos habitats e da biodiversidade e sobretudo, que se promovam projetos de restauro dos ecossistemas”.
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