A campanha de Mário Passos reagiu a uma tomada de posição pública do Partido Socialista, denunciando “violação da legislação eleitoral” e “pressões” para que responsáveis de diversas entidades gravem vídeos de apoio à recandidatura do edil [ver notícia PS denuncia violação da legislação eleitoral na campanha de Mário Passos].
O comunicado socialista foi assinado por Alexandra Moreira, coordenadora da secção do PS-Famalicão, mas Mário Passos ataca o candidato socialista num comunicado intitulado “Eduardo Oliveira vive mal com a democracia”.
“É absolutamente falso que, em algum momento, a Coligação Mais Ação. Mais Famalicão e o seu candidato Mário Passos tenham exercido qualquer forma de pressão para que os cidadãos participem nas suas ações de campanha e deem a cara pelo seu candidato”, afirma o comunicado da coligação PSD-CDS, destacando que “as pessoas que o fazem, fazem-no de livre vontade, usando o seu inalienável direito de liberdade de expressão e de associação”.
A campanha de Mário Passos considera, por isso, que “o Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão, muito concretamente o seu candidato, Eduardo Oliveira, tem uma relação difícil com a democracia, com a liberdade de expressão e com a independência dos cidadãos”.
Mário Passos cita como exemplo “a forma vil como criticaram o professor José Moreira por ter manifestado o seu apoio à candidatura de Mário Passos, depois de muitas outras personalidades o terem feito à candidatura de Eduardo Oliveira, é lamentável e bem reveladora da forma como Eduardo Oliveira vê a democracia”.
Recorde-se que, no vídeo, José Moreira manifestou apoio a Mário Passos na figura de diretor do Agrupamento de Escolas Padre Benjamin Salgado o que pode colocar em causa os princípios da “neutralidade” e da “imparcialidade” das entidades públicas perante as candidaturas.
A situação suscitou não apenas a tomada de posição pública do PS, mas também da Iniciativa Liberal (IL) e de diversos famalicenses que manifestaram o seu desagrado ao vídeo nas redes sociais. Em causa, alegações de violação da legislação eleitoral e, por isso, o PS vai levar o assunto à Comissão Nacional de Eleições e à Inspeção-Geral da Educação e Ciência.
Refira-se que não é a primeira vez o apoio de individualidades e instituições à campanha em prol da reeleição de Mário Passos suscita polémica. Em junho, PS e IL enviaram comunicados à imprensa denunciando a utilização de meios públicos da autarquia para fins político-partidários [ver notícias aqui Iniciativa Liberal denuncia uso de meios camarários pela Coligação PSD-CDS em Famalicão e aqui PS-Famalicão denuncia telefonemas de funcionários municipais para promover campanha de Mário Passos].
A situação não foi desmentida por Mário Passos [ver notícia Campanha de Mário Passos não desmente que utiliza funcionários e meios da Câmara Municipal de Famalicão]. Na mesma semana, o NOTÍCIAS DE FAMALICÃO noticiou, em exclusivo, que a Rede de Academias Seniores estava a ser usada para mobilizar idosos para campanha de Mário Passos [ver notícia aqui].
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