16 C
Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 25 Abril 2024
Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

Vamos derrubar o muro? O muro do clientelismo, do compadrio e do medo!

Milhões em contratos de avenças, associações que servem interesses de amigos ou sem atividade conhecidas, pressões a autarcas locais e jornais são alguns dos ingredientes do muro da vergonha em Famalicão. A continuidade ou não deste muro da vergonha em Famalicão depende de si e, dos restantes eleitores famalicenses.

4 min de leitura
- Publicidade -
Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

Famalicão

Celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Famalicão

Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

Polícia Judiciária outra vez na Câmara de Famalicão para investigar viagens pagas a autarcas

O ex-autarca Paulo Cunha é um dos visados num caso de suspeitas de corrupção que envolve viagens à sede da Microsoft nos EUA. Câmara de Famalicão confirma investigações.

Feira apresenta aos alunos oferta formativa do ensino secundário

Evento destinado aos alunos do 9º ano foi realizado no CIIES, em Vale São Cosme.

Caminhos da Liberdade em Vila Nova de Famalicão

Locais onde se fez resistência à Ditadura Salazarista

É de consenso geral que o associativismo genericamente é uma forma relevante de participação cívica, que promove o desenvolvimento cultural, desportivo e social. Contudo, o associativismo não é todo relevante para a sociedade.

Há associativismo que surge para responder a interesses muito particulares, constituído por meia dúzia de indivíduos, que não traz nenhum valor acrescentado para a maioria dos famalicenses e, nesse caso, deveriam ser os próprios a assumir as despesas dessas associações, sem recorrer aos apoios do estado.

Aqui o clientelismo funciona de duas formas: a primeira, o município distribui dinheiro por todas as associações, garantindo o apoio destas, nas eleições seguintes; e a outra forma, é financiar associações de “amigos”, que ninguém conhece, cujo valor social é no mínimo duvidoso.

Há pelo menos uma associação que não é conhecida, ninguém conhece o seu plano de atividades, não tem registo de qualquer atividade nas redes sociais e recebe cerca de 300 mil euros por ano. É obra! Tudo isto pago com o dinheiro dos contribuintes de Famalicão.

O muro do compadrio é muito fácil de explicar, cujo facto relatado anteriormente é bem elucidativo.

Mas existem mais casos: foi denunciado e publicado neste jornal, que há pelo menos um caso de uma avença de cerca de 50 mil ano, com alguém que está politicamente ligado à coligação PSD/CDS e inclusivamente já foi vereador, num executivo anterior.

Quantos mais casos não existirão escondidos, pelo facto da comunicação social local não escrutinar e investigar todos os contratos por ajuste direto, realizados pelo executivo?

O papel da imprensa é de ser contrapoder, acompanhando e questionando as decisões de quem gere os recursos públicos, resultantes dos impostos cobrados aos munícipes (nesse aspeto o Notícias de Famalicão tem cumprido o seu papel).

Por ano, são gastos com contratos e avenças de serviços especializados, cerca de 8 milhões de euros. É muita massa!

Por fim o muro do medo!

Foi publicado por um jornal local, o mais antigo do concelho, uma denúncia de pressão e tentativa de censurar notícias menos abonatórias para o poder que atualmente gere o município. Uma situação gravíssima do ponto de vista da liberdade de expressão.

Curiosamente as explicações que ouvimos por parte da Câmara Municipal só confirmaram o hábito, que consideram normal, que é ligar aos jornais para definir os aspetos estéticos e de conteúdo que estes devem seguir.

Vergonha alheia, mas isto é o comportamento do atual executivo em Famalicão.

Por fim, o medo também existe nos cidadãos para criticarem o que está errado nas decisões municipais, e também em participarem em soluções alternativas. A não participação dos munícipes nas reuniões do executivo, para além da hora e do formato em que decorrem, indicia receio de represálias.

Não quero acreditar que os munícipes considerem normal a forma como os passeios da cidade estão a ser substituídos por esplanadas e rampas metálicas, diminuindo assim a mobilidade dos cidadãos.

Alguns comentários que aparecem nas redes sociais, até são de aplauso, colocados por aqueles que dependem da Câmara Municipal ou tem favores a pagar, seja por empregos aí conseguidos, seja por serem os diretamente beneficiados. É estranho que os prejudicados por estas decisões (os que circulam a pé na cidade), fiquem caladinhos!

E se houvesse dúvidas de que não estar do lado do poder municipal, pode ser prejudicial para os próprios, foram os Presidentes das Juntas de Freguesia de Joane e Castelões que o comprovaram, ao renunciarem às listas do seu partido (PS) para irem como independentes apoiados pela atual coligação PSD/CDS.

Foi o Presidente da Junta de Castelões que disse preto no branco, que ter o apoio dos partidos que atualmente gerem o Município, facilitava muito as suas tarefas.

A continuidade ou não deste muro da vergonha em Famalicão depende de si e dos restantes eleitores famalicenses. Por mim, no próximo outono, o muro vai cair!

Comentários

Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Atualidade

Celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Famalicão

Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

Paulo Cunha será o quarto deputado famalicense no Parlamento Europeu

O ex-autarca de Famalicão é o número dois da candidatura da Aliança Democrática.

Polícia Judiciária outra vez na Câmara de Famalicão para investigar viagens pagas a autarcas

O ex-autarca Paulo Cunha é um dos visados num caso de suspeitas de corrupção que envolve viagens à sede da Microsoft nos EUA. Câmara de Famalicão confirma investigações.

Feira apresenta aos alunos oferta formativa do ensino secundário

Evento destinado aos alunos do 9º ano foi realizado no CIIES, em Vale São Cosme.

Finalistas do ensino secundário discutiram os valores de Abril com autarcas locais

Encontro entre jovens e autarcas aconteceu na Casa da Juventude de Famalicão.

Comentários

O conteúdo de Notícias de Famalicão está protegido.