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Vila Nova de Famalicão
Sexta-feira, 1 Novembro 2024

Partido Socialista celebrou os 50 anos de 25 de Abril com casa cheia

Líder dos socialistas famalicenses quer um "concelho mais forte" e "a olhar para as pessoas como prioridade".

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Famalicão

O Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão realizou um almoço para assinalar os 50 anos do 25 de Abril. Os militantes e simpatizantes juntaram-se à mesa pelas 12h30, começando por ouvir as intervenções de duas mulheres socialistas. Sofia Correia deu as boas-vindas e destacou várias mulheres como exemplo da luta pelos direitos da mulher nos últimos 50 anos. A seguir, Adelina Ortiga lembrou Lino Lima e Armando Bacelar, dois prestigiados famalicenses que muito lutaram pela nossa liberdade.

O ex-deputado da Constituinte, Jerónimo Pereira, falou acerca da sua experiência política durante a Assembleia Constitucional e do desafio que foi fazer a Constituição de 1976, num prazo de um ano, quer pelo ambiente vivido à altura, quer porque um conjunto de deputados não tinha qualquer formação académica.

A última intervenção foi reservada ao presidente da Comissão Política do Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão, Eduardo Oliveira que destacou que “comemorar Abril todos os dias é a melhor e maior homenagem que podemos fazer a todos os homens e todas as mulheres que conquistaram a nossa liberdade há 50 anos. Comemorar Abril é partilhar verdade, sem discursos populistas, discursos da ilusão que é possível ter e conquistar o que não existe, só com o objetivo de captar votos para construir uma nova ditadura”.

Relativamente a Vila Nova de Famalicão, Eduardo Oliveira referiu que “devemos ser mais ambiciosos, definir uma estratégia junto dos nossos empresários para que o concelho produza mais, garantindo mão de obra qualificada e condições para que os nossos empresários cresçam, garantindo também mais e melhor qualidade de vida para os trabalhadores.” Afirmou igualmente defender “uma oferta de serviços públicos em consonância com a grandeza não só do concelho de Famalicão, mas também do território do Médio Ave que integra”.

Eduardo Oliveira aproveitou para agradecer a António Costa: “Neste primeiro convívio que temos após as últimas legislativas gostava de agradecer a António Costa, porque se temos investimento no concelho de Famalicão, como, por exemplo, em várias unidades de Saúde Familiares de Famalicão, deve-se a uma governação recente do Partido Socialista. António Costa olhou por Famalicão e valorizou os famalicenses, investindo na saúde”, referiu, dando como exemplos as USF Joane, São Miguel-o-Anjo.

Eduardo Oliveira destacou também investimentos em áreas como “acessibilidade, com a variante à N14 e EN206; segurança, através da requalificação da esquadra da PSP; educação e na família, através da gratuitidade das creches e dos manuais escolares”.

“As nossas metas são melhorar a vida de todas e todos os famalicenses, com ambição de um concelho mais forte, com melhores serviços públicos, sempre a olhar para as pessoas como prioridade. Famalicão não pode e não deve ser um município de negócios e de ‘show-off’ de grandes notícias, com bonitos títulos, semelhantes ao ‘choque fiscal’ anunciado pelo atual governo”, referiu Eduardo Oliveira.

“Tal como a música de Zeca Afonso, ‘Traz um amigo também’ de freguesia em freguesia vamos mobilizar, para tornar o nosso projeto mais forte para vencer 2025. Vamos fazer a mudança em Vila Nova de Famalicão”, enfatizou o líder socialista.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

As comemorações dos 50 anos do 25 de abril começaram pela manhã, com as intervenções dos deputados municipais que representaram o Partido Socialista na sessão solene na Assembleia Municipal, Elisa Costa e Luís Miranda.

Luís Miranda mencionou na sua intervenção que “somente apenas de horizontes abertos, evitaremos as amarras e a clausura do passado”. Já Elisa Costa destacou alguns desafios democráticos presentes e futuros, como o aumento da participação dos cidadãos, o fortalecimento dos mecanismos de controlo e equilíbrio de poderes, para evitar os abusos de poder, a fulanização da política e o clientelismo, e a necessidade de reforçar a responsabilização política dos detentores de cargos. A deputado municipal lembrou que “quem adormece em democracia acorda em ditadura” e que “é preciso que o poder faça parar poder”.

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