“Dada a necessidade de poupar água e de armazenar água das chuvas para fazer face à escassez de água”, o vereador socialista Eduardo Oliveira perguntou ao presidente da Câmara Mário Passos “se o projeto das obras do centro da cidade prevê a criação de algum reservatório de águas pluviais para aproveitamento na rega e para fornecimento de água para as fontes”.
A resposta de Mário Passos foi evasiva, mas diante da insistência de Eduardo Oliveira, Mário Passos acabou por dizer que “vamos gastar a água que tivermos disponível para gastar”, acrescentando que “pode ser zero ou 10% da capacidade das fontes”.
Mário Passos referiu ainda que “podem vir a não ser ligadas todas as fontes” relembrando que todas as fontes têm reservatório de água e que, independentemente disso, “a água precisa ser substituída de X em X tempo”.
Recorde-se que o projeto de reabilitação do centro urbano contempla a renovação de fontes já existentes e a criação de novas fontes. Um assunto que já deu origem à uma queixa no Ministério Público [ver aqui Obras no centro de Famalicão motivam queixa no Ministério Público]
Essa sobre as fontes de água discussão aconteceu no período antes da ordem do dia da reunião camarária de 28 de julho. Na ocasião, o PS divulgou números da perda de água em Famalicão, o que considera “um problema ambiental gravíssimo” que “coloca Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem”. [ver aqui Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem. Câmara registou 38% de água perdida e não faturada]
Nessa mesma reunião os vereadores socialistas referiram que a suspensão da rega automática representa apenas 0,86% da água consumida no concelho, salientando que “a quantidade de água poupada com a rega de jardins e espaços verdes é uma gota neste grande oceano de perdas anuais [2,7 milhões de metros cúbicos] que são registadas no sistema de abastecimento público no concelho de Famalicão”. [ver aqui Câmara de Famalicão criticada por “deixar morrer” jardins e espaços verdes da cidade]
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