Recentemente a Câmara Municipal de Famalicão despendeu 61 mil euros no reforço da iluminação noturna da cidade, no entanto, vi mais pessoas a andar à noite nas ruas de Famalicão no Apagão, do que nos dias de hoje.
Uma das coisas que este apagão nos demonstrou é que podemos viver com menos e o excesso de iluminação nas cidades é um problema. Vários estudos (como é o caso de uma tese de mestado da Universidade de Aveiro) demonstram que o excesso de iluminação artificial tem influência no ambiente e na biodiversidade. Ora, olhar para o céu e mirar as estrelas é caso raro numa cidade.
Peguemos agora no exemplo da nova iluminação da Rua de Santo António. Pergunto se não se podia poupar uns euros ao contribuinte e apostar numa iluminação suspensa por cabo de um lado ao outro dos edificios em vez de adquirir mais postes de iluminação? Ou até apostar numa cor de luz que crie um ambiente mais acolhedor.
Outro exemplo de excesso de iluminação é aquela que irradia dos painéis luminosos presentes na nossa cidade. Um caso gritante é o painel digital que está localizado atrás da Igreja Matriz Nova e que mais se assemelha a um verdadeiro farol tal é a luz que irradia, encadeando até quem vai a conduzir.
Este tipo de situações prejudica o bem-estar citadino e, sobretudo, das pessoas que aí vivem. Por último, seria interessante promovermos a hora do planeta não só uma vez por ano, mas pelo menos uma vez por mês, incentivando cada vez mais a uma cultura de poupança de energia.
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