Os animais não são prendas

A compra ou adoção impulsivas são frequentes nesta época, todavia, os cães e gatos não são brinquedos.

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O Natal é uma época especial. Para muitos, sinónimo de alegria, amor e família. Os enfeites, luzes e presentes começam a preencher as nossas casas. Mas, no meio da azáfama característica, por vezes podemos esquecer os nossos animais de companhia, para os quais tantos estímulos e movimentação podem ser bastante confusos. É, por isso, importante não nos esquecermos que o que para nós é símbolo de celebração, para eles pode ser um stress acrescido.

De entre as várias ideias que associam os animais ao Natal, a primeira que gostava de realçar ou relembrar é que os animais não são presentes. A compra ou adoção impulsivas são frequentes nesta época, todavia, os cães e gatos não são brinquedos. São seres sencientes, carentes de cuidados e dedicação durante toda a sua vida e não apenas enquanto são pequeninos. Infelizmente, a verdade é que o número de abandonos aumenta após o Natal e, como tal, nos últimos anos temos visto que vários centros de recolha de animais ou associações de proteção animal optam por não permitir adoções durante esta época.

Isto conduz-me a uma segunda ideia. Permitir que os nossos animais façam parte da festa deve também ser feito com uma atenção e responsabilidade aumentadas. Decorações ou brinquedos que parecem inofensivos podem constituir verdadeiros riscos para os nossos animais, como é o caso da planta da flor de Natal ou das inúmeras luzes e tomadas que ficam horas a fio ligadas à corrente elétrica. Sem esquecer, claro, que as nossas mesas ficam bem compostas de alimentos irresistíveis, que em alguns casos são tóxicos para os cães e gatos, como é o caso do típico chocolate ou das uvas passas.

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E caso o animal seja mais tímido, ansioso ou medroso? Nessas situações devemos sempre procurar adotar atitudes que protejam e respeitem o espaço deste. Esta proteção deve ser acrescida para os casos dos animais que se encontram no exterior da habitação e que facilmente se assustam com o barulho dos fogos de artifício pois, inconscientemente, podem apresentar comportamento de fuga, que os colocará num perigo acrescido.

E não poderia deixar de alertar para o frio que se faz sentir nas noites de inverno. Proteger o animal oferecendo abrigo adequado e confortável é fundamental.

Concluo deixando a sugestão: Neste Natal, porque não deixarmos que os nossos animais de estimação estejam presentes, no aconchego de uma casa e de uma lareira? Permitamos que façam parte da festa, com responsabilidade, junto das pessoas que para eles são o mais próximo de uma família. Mas tomemos consciência que os animais não devem vir em caixas embrulhadas e com um laço a enfeitar.

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