Aproxima-se o Dia Mundial do Animal, que é celebrado todos os anos no dia 4 de outubro. A decisão por esta data foi acordada em 1931, em Florença, durante uma convenção de ecologistas, por se tratar da data em que se comemora, também, o dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais e do ambiente.
É uma data que serve para consciencializar a Humanidade sobre a necessidade e a importância de cuidarmos e preservarmos a vida de todas as espécies, pois delas também depende a nossa própria sobrevivência. Por isso, independentemente do contacto ou afeto mais ou menos próximo que tenhamos com os animais, é fundamental que todos procuremos garantir o seu bem-estar.
Posteriormente, em 1978 foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Por via deste ato, os animais são considerados como seres sencientes, ou seja, que conseguem sentir emoções como medo, prazer e alegria, mas, igualmente são capazes de sentir a dor e, como tal, carecem de proteção e respeito pelo seu valor intrínseco.
Assim sendo, esta Declaração tem orientado a criação de várias leis de proteção animal. Nela constam direitos como o direito à existência, ao respeito e à proteção contra atos cruéis e exploração.
Mas quando falamos em bem-estar e qualidade de vida dos animais existem, por vezes, ambiguidades decorrentes de interpretações pessoais, por outro lado, dificuldades em realmente perceber como podemos assegurar esta proteção.
De uma forma simples, existem 5 parâmetros aos quais poderemos recorrer. São eles as 5 Liberdades Fundamentais dos Animais, que traduzem a proteção dos direitos dos animais em ações concretas:
1. Livre de fome e sede: garantindo água fresca e uma alimentação adequada que seja promotora de saúde;
2. Livre de desconforto: facultar ao animal um ambiente que seja confortável, que sirva de abrigo e onde este possa descansar e se esconder, de acordo com as individualidades de cada espécie;
3. Livre de dor, ferimentos e doenças: garantir cuidados veterinários, apostando na prevenção das doenças e adequar tratamentos quando os animais estão doentes ou feridos;
4. Livre para expressar o seu comportamento normal: garantir espaço suficiente e instalações que permitam aos animais manifestar os comportamentos naturais da sua espécie;
5. Livre de medo e angústia: prevenir situações que causem sofrimento mental.
Que este Dia Mundial do Animal nos leve a refletir, uma vez mais, e a adotarmos uma relação mais ética e compassiva com todas as formas de vida, conscientes de que a harmonia entre humanos e animais é chave para preservar a saúde e a sustentabilidade da Terra.
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