“Tem sido um longo caminho que agora começa a ver luz”, assinalou o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, no dia 16 de julho, na cerimónia de assinatura da adenda ao Protocolo de Cooperação que permitirá o avanço da construção da maior plataforma da Península Ibérica de transporte rodoferroviário.
A alteração ao protocolo de cooperação – assinado em 2019 entre a IP, a Medway e o Município – incide sobre questões como a intervenção de cada parte no projeto e empreitadas, a cedência de materiais por parte da IP, expropriações e acertos dominiais, procedimentos operacionais, manutenção das futuras infraestruturas e compromissos de tráfego.
“Em termos processuais temos o projeto pronto e até ao final do ano creio que estaremos em condições de definitivamente avançar com a obra, que estimamos que da nossa parte tenha duração de 18 meses”, disse Carlos Vasconcelos, presidente do Conselho de Administração da Medway.
O presidente da IP, Miguel Cruz, falou “numa infraestrutura logística de nova geração, capaz de responder aos desafios futuros da internacionalização da economia portuguesa, da digitalização da cadeia logística e da transição para formas de transporte mais sustentáveis.”
Mário Passos destacou a importância do projeto “para o nosso ecossistema económico e produtivo, mas também da região e do país”.
A construção do novo terminal rodoferroviário de Lousado, em Vila Nova de Famalicão, “é um fato à medida para o terceiro concelho mais exportador em Portugal, que tanto tem investido e agora vê também o país a investir nele”, destacou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que esteve em Famalicão
Refira-se que o investimento da Medway será superior a 60 milhões de euros, a que se estimam mais 11 milhões de euros das Infraestruturas de Portugal (IP) e do Município de Famalicão.
O novo terminal rodoferroviário de Lousado vai permitir aumentar de forma muito significativa a capacidade de movimentação de mercadorias por ferrovia. Será servido por uma ligação ferroviária direta à Linha do Minho, com linhas de carga e receção de comboios de até 750 metros, acessibilidades rodoviárias através de diversos eixos principais, e preparado para cargas especializadas como madeira ou contentores refrigerados, entre outras.
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