Um Natal que cabe em todos

Que este Natal seja menos sobre o que falta e mais sobre quem está.

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Chega dezembro e, com ele, a pressa. As ruas se iluminam, as montras das lojas prometem felicidade em prestações e os calendários parecem encolher. Falamos de amor, mas muitas vezes esquecemos de praticá-lo onde ele mais faz falta. Talvez seja por isso que o Natal precise, mais do que nunca, ser inclusivo.

Natal inclusivo começa quando percebemos que nem todos celebram do mesmo jeito e está tudo bem. Há quem espere a mesa cheia, gargalhadas e o abraço apertado. Mas há também quem viva o Natal em silêncio, com saudade, luto, solidão ou dificuldades financeiras. Incluir é lembrar dessas pessoas sem pena, mas com presença.

É inclusivo ajustar o volume da música para quem se sente sobrecarregado pelo barulho. É perguntar antes de impor tradições. É preparar uma opção de comida pensando em quem tem restrições alimentares, culturais ou religiosas. Pequenos gestos dizem: “você pertence”.

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Um Natal mais humano também passa por desacelerar. Trocar o excesso pelo essencial. Talvez o maior presente seja o tempo: ouvir sem interromper, sentar ao lado de quem costuma ficar à margem, desligar o telemóvel por alguns minutos para olhar de verdade para quem está à frente.

Incluir é ampliar a mesa, mesmo que simbolicamente. Pode ser convidar alguém que não teria onde passar a noite, apoiar uma iniciativa solidária do bairro, ou simplesmente ensinar às crianças que empatia não é discurso, é ação quotidiana.

E que tal incluir a si mesmo?! Permitir-se não estar bem. Não fingir alegria obrigatória. O Natal não exige perfeição emocional. Ele pede verdade. Às vezes, o nascimento que precisamos celebrar é o de um novo jeito de cuidar, mais gentil, mais atento, mais real.

No fim, um Natal inclusivo não depende de grandes campanhas nem de palavras bonitas. Ele acontece quando entendemos que o espírito natalicio não é um dia no calendário, mas uma escolha diária: a de tornar o mundo um pouco mais habitável para todos.

Que este Natal seja menos sobre o que falta e mais sobre quem está. Porque quando cabe todo mundo, o Natal fica maior!

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