Maria Fernanda Nogueira Pinto e Teixeira Ruivo, a viúva do advogado José Mário Machado Ruivo (1924-2015), celebra neste domingo, 100 anos de vida.
Paulo Machado Ruivo, um dos oito filhos da nova centenária famalicense, que foi chefe do gabinete de apoio ao presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão nos mandatos de Armindo Costa e Paulo Cunha, da coligação PSD-CDS, dá conta do aniversário da mãe na sua conta na rede social Instagram.
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“A terra era boa, a sementeira foi cuidadosa, as raízes saíram fortes”, escreveu Paulo Machado Ruivo, um dos oito filhos de Maria Fernanda.
Na sua nota de parabéns à progenitora, Paulo Machado Ruivo aparece numa imagem ao lado da mãe – que está visivelmente sorridente e em boa forma física para uma idade tão provecta –, lembrando um notável legado humano: “8 filhos, 21 netos e, para já, 19 bisnetos.”
Em março de 2015, Maria Fernanda Ruivo ficou viúva de José Mário Machado Ruivo, fundador da sociedade de advogados Machado Ruivo & Associados, com sede em Vila Nova de Famalicão.
JOSÉ MÁRIO MACHADO RUIVO
Nascido a 21 de agosto de 1924, em Ílhavo, José Mário Machado Ruivo foi um advogado prestigiado e participou ativamente na vida cívica e política do concelho famalicense.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, em 1949, foi muito ativo na ordem dos Advogados. Foi membro da Delegação Concelhia de Vila Nova de Famalicão da Ordem em vários mandatos, em dois dos quais como presidente (triénios 1972-1975 e de 1978-1981), fez parte em dois mandatos no Conselho Distrital do Porto, o último dos quais como vice-presidente (triénio de 1984-1987), e do Conselho Geral da Ordem no triénio de 1987 a 1990, sob a presidência do bastonário Augusto Lopes Cardoso, bem como em dois mandatos do Conselho Superior, ambos sob a presidência de Guilherme da Palma Carlos.
RELANÇOU AS ANTONINAS
No plano político, José Mário Machado Ruivo foi uma figura ligada ao regime do Estado Novo, mas participou na transição para a democracia, tendo sido uma referência no PSD de Vila Nova de Famalicão, em especial na década de 1980, como dirigente local e distrital.
Antes disso, foi vereador da Cultura, no executivo municipal liderado por José Pinto de Oliveira, entre 1958 e 1964. Machado Ruivo está diretamente ligado ao ressurgimento das festas Antoninas, em 1959, após um longo interregno de 47 anos.

Na proposta apresentada na Câmara Municipal, José Mário Machado Ruivo preconizou que se realizassem “as festas do concelho e não quaisquer festinhas”. Porém, a realização das festividades em honra de Santo António voltaria a ser interrompida a partir de meados da década de 1960.
DIRIGENTE E AUTARCA DO PSD
Após a revolução de 25 de abril de 1975, José Mário Machado Ruivo tornou-se militante do PSD e chegou a ser presidente da comissão política local e a representar o partido como vereador da Câmara Municipal, na década de 1980, então liderada pelo socialista Agostinho Fernandes.
Também nessa altura, José Mário Machado Ruivo, juntamente com outros militantes e dirigentes do PSD, foi um dos cofundadores do Círculo de Cultura Famalicense, associação cultural proprietária do jornal e rádio “Cidade Hoje”.
Em 2004, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, sob a presidência de Armindo Costa, distinguiu José Mário Machado Ruivo com a medalha de honra do município.
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