E vai um, e vão dois, e vão três. Vendido!

Pode-se enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas não se pode enganar todas as pessoas o tempo todo.

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Um Continente está a ser construído na freguesia de Gavião, junto ao tribunal.

Notícia da semana: mais um hipermercado, ao lado de um hipermercado, que fica em frente a outro hipermercado, ficando todos a 1 km de outro hipermercado, sendo que, pelo meio temos um conjunto de lojas de comércio local que vão ser varridas do mercado, para dar lugar aos grandes grupos económicos de que a maioria PSD/CDS tanto gosta.

A incapacidade de este executivo pensar o concelho como um todo, dando resposta aos problemas climáticos que temos em mãos, já é de todos e todas conhecida.

Acresce que a tentativa de mostrar uma preocupação ambiental, que não existe, está gasta e já se percebeu que, no momento em que sai uma notícia de suposta ação preventiva, logo se percebe que a intenção é desviar a atenção de mais uma opção que não é só péssima a nível ambiental, mas também compromete a sustentabilidade financeira de muitos dos nossos comerciantes locais.

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Vejamos: ao fim de 5 anos, repete-se 5 anos, em que constantemente o partido PAN, de Famalicão, insistia na necessidade de se criar a figura de guarda rios, considerando que era urgente identificar focos de poluição dos nossos rios e ribeiras, que quase diariamente são alvo de descargas poluentes, vem agora, qual D. Sebastião, o Vereador do Ambiente, Hélder Pereira, agitar a bandeira verde, proferindo exatamente o que o PAN sempre defendeu. Lamento, chegou tarde!

Mais, há 2 anos foi anunciada com pompa e circunstância a elaboração do Plano de Adaptação às Alterações Climáticas e que o mesmo estaria concluído no início deste ano, prazo esse exigido por lei. A semana passada lemos as desculpas do mesmo Vereador que o prazo era curto!!!

E tudo isso estrategicamente anunciado dias antes do anúncio de que iremos ter mais um hipermercado às portas da cidade. Aquela cidade que diariamente fica sobrecarregada de automóveis, de poluição, que a cada dia vê o seu património ambiental ser lapidado, mastigado e deitado fora como se uma pastilha elástica fosse.

Este executivo está a varrer (algumas) pessoas como se folhas perdidas fossem. Os pobres empurra para a periferia, os pequenos comerciantes ignora, aos jovens não garante um concelho sustentável. O problema das respostas habitacionais é ignorado, porque a prioridade é a construção de luxo, no centro da cidade, e estender a passadeira vermelha para os pavilhões industriais. Já se esqueceram do Parque da Devesa? Eu não.

Pode-se enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas não se pode enganar todas as pessoas o tempo todo.

 

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