Fábrica da Continental em Lousado a caminho da produção neutra em CO2

Produção neutra em CO2 está em teste na fábrica de Lousado, com capacidade de produção para mais de 18 milhões de pneus por ano. 

Comentários

3 min de leitura

Desde este ano, a Continental tem conseguido produzir pneus neutros em termos de CO2 na sua fábrica de pneus em Lousado, Vila Nova de Famalicão. O fabricante de pneus deu assim um passo importante na direção ao seu objetivo de produção completamente neutra em CO2. “Este objetivo só é possível graças à geração de vapor através de uma caldeira inovadora, que funciona inteiramente com eletricidade”, explica Pedro Carreira, presidente do conselho de administração da Continental Mabor em Lousado.

A Continental utiliza energia solar proveniente de painéis fotovoltaicos e eletricidade renovável da rede elétrica para a geração de vapor. Anteriormente, o gás natural era utilizado como única fonte de energia para a geração de vapor na fábrica de pneus de Lousado, que tem capacidade de produção anual de 18 milhões de pneus.

Até 2040, o mais tardar, a Continental pretende mudar completamente todas as fábricas de pneus para processos de produção neutros em CO2. “Em Lousado, estamos a demonstrar que mesmo as fábricas de pneus de grandes dimensões podem atingir uma produção neutra em termos de CO2. Para isso, a disponibilidade de fontes de energia renováveis a preços competitivos é crucial”, explicou o Dr. Bernhard Trilken, responsável pela unidade de negócios de Manufatura e Logística. E acrescentou: “Estamos a preparar todas as nossas fábricas para que possam utilizar o máximo possível de energia renovável. A entrada em funcionamento da nossa caldeira elétrica a vapor em Lousado é o início de uma emocionante curva de aprendizagem.”

- Publicidade -

A nova caldeira elétrica a vapor converte energia solar e outra eletricidade verde em vapor quase sem perdas. A água é bombeada da parte inferior da caldeira para o topo, onde é pulverizada nos elétrodos. A corrente elétrica flui através dos jatos de água e cria calor dentro dos reservatórios da água até que ela se evapore em vapor.

 MISTURA DE DIFERENTES FONTES DE ENERGIA

Uma caldeira a gás convencional continuará disponível, além da nova caldeira elétrica a vapor. Isto permite à Continental “reagir de forma flexível à disponibilidade oscilante de energias renováveis e a outros fatores ambientais” afirma o presidente do conselho de administração da Continental Mabor em Lousado.

“A nossa unidade em Lousado beneficia do facto de o sol brilhar com frequência. Isto permite-nos alcançar uma produção de pneus usando totalmente energia elétrica e neutra em CO2 sempre que possível”, afirmou Pedro Carreira, acrescentando que “todas as fábricas de pneus da Continental estão a trabalhar muito para tornar a produção cada vez mais sustentável e energeticamente eficiente”.

“Cada unidade fabril tem de lidar com uma grande variedade de situações, tais como as condições meteorológicas ou a disponibilidade de fontes de energia renováveis”, destaca Pedro Carreira.

“Em Lousado o sol aquece-nos em média sete horas por dia. No inverno, a média é de quatro horas. Para efeitos de comparação: em Berlim, o sol brilha apenas 1,8 horas por dia no inverno”, explica.

A ambição da Continental Tires até 2030 é reduzir o seu consumo de energia em 20 por cento em relação a 2018. A Continental pretende alcançar uma produção com impacto neutro no clima até 2040, o mais tardar. Desde o final de 2020, a eletricidade que a empresa compra para todas as unidades do mundo já provém de fontes de energia renováveis e é neutra para o clima. Para este efeito, são obtidas garantias de origem de acordo com os critérios da Iniciativa global RE100.

Comentários

Notícia anterior

Alunos da Escola D. Sancho I vencem Olimpíadas de Educação Financeira 

Notícia seguinte

Lusíada entrega das cartas de curso aos diplomados este sábado

- Publicidade -
O conteúdo de Notícias de Famalicão está protegido.